USO DE BIOSSÓLIDO, Azospirillum brasilense E FERTILIZAÇÃO MINERAL NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ESPÉCIES ARBÓREAS DA MATA ATLÂNTICA

Adriana Aparecida de Queiroz Silva

 

Dissertação Pública: 24 de abril de 2024.

 

Banca Examinadora:

Dr. Fábio Satoshi Higashikawa, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de santa Catarina, Primeiro Examinador.
Prof.ª Dra. Fabiana Schmidt Bandeira Peres, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Segunda Examinadora.
Prof.ª Dra. Katia Cylene Lombardi, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Terceira Examinadora.
Prof. Dr. Fabrício William de Ávila, Universidade estadual do Centro-Oeste, Orientador e Presidente da Banca Examinadora.

Resumo:

O biossólido de lodo de esgoto, proveniente do tratamento de águas residuárias, e os bioinsumos, baseados em microrganismos, podem alternativamente ser empregados na silvicultura, visando a sustentabilidade. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de biossólido de lodo de esgoto, Azospirillum brasilense e fertilização mineral na produção de mudas de cinco espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica (Cupania vernalis Cambess.; Pterogyne nitens Tull.; Psidium cattleyanum Sabine.; Eugenia uniflora L.; e Cedrela fissilis Vell.). Para cada espécie foi usado o delineamento inteiramente casualizado (DIC), com sete repetições, composto de 12 tratamentos, sendo: 3 doses de biossólido no substrato (0, 10 e 20%) associados com 2 tratamentos de Azospirillum (sem e com) e 2 tratamentos de fertilização mineral (sem e com). Aos 30, 60 e 120 dias após o transplantio (DAT) foram feitas medições de altura de parte aérea e diâmetro de coleto. Aos 120 DAT foram analisados os índices de clorofila a e b, determinados a produção de massa de matéria seca de folhas, caule, raízes, e calculados os índices morfológicos (relação diâmetro/altura, relação raiz/parte aérea e índice de qualidade de Dickson). Todas as cinco espécies responderam positivamente à fertilização mineral. A dose 10% de biossólido foi a que melhor contribuiu para o crescimento e qualidade das mudas produzidas, sendo este efeito mais expressivo sem o fornecimento do fertilizante mineral. A dose 20% de biossólido afetou tanto positivamente quanto negativamente o crescimento e qualidade das mudas; o efeito negativo foi mais evidente no tratamento com 20% biossólido + Azospirillum + fertilização mineral. O Azospirillum brasilense, em geral, tendeu a incrementar o crescimento e qualidade das mudas das cinco das espécies estudadas, principalmente em tratamentos com ausência e 10 % de biossólido. O biossólido elevou os teores de macronutrientes, em especial o Mg seguido pelo P, e diminuiu os teores de micronutrientes, em especial o Mn, na parte aérea e raízes das plantas.

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