USO DE DRONES NO MONITORAMENTO DE PLANTAS DANINHAS E ESTUDO DA MATOINTERFERÊNCIA EM PLANTIOS DE EUCALIPTO

Diogo da Silva Matos

 

Defesa Pública: 05 de fevereiro de 2024

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Pedro Paulo Gomes de Oliveira, EDUVALE, Primeiro Examinador.
Prof. Dr. Fernando Luis Dlugosz, UNICENTRO, Segundo Examinador.
Prof. Dr. Paulo Costa de Oliveira Filho, UNICENTRO, Orientador e Presidente da Banca Examinadora.

Resumo:

O reflorestamento no Brasil atingiu patamares de 9,9 milhões de hectares em 2021, superando em 4% a área apresentada em 2020. Todavia, no período de 2016 a 2021, o Brasil vem apresentando oscilações na produtividade dos gêneros Pinus e Eucalyptus. Em 2020 a produtividade média de eucalipto foi de 36,8 m³.ha-1.ano-1, valor esse 4,6% inferior à produtividade de 2019. A interferência por plantas daninhas em plantios comerciais de eucalipto tem sido umas das principais causas que limitam a produtividade florestal, reduzindo drasticamente o volume de madeira por hectare. O uso de drones e técnicas de sensoriamento remoto são ferramentas importantes para o mapeamento de plantas daninhas e direcionamento de controles mais assertivos. Nesse sentido, o presente trabalho objetiva entender os possíveis efeitos da interação de plantas daninhas em plantios comerciais de dois clones de eucalipto, bem como avaliar a eficiência da aplicação de índice de vegetação nas imagens de drone para a identificação de áreas com plantas daninhas. O índice de vegetação SaviGreen permitiu identificar manchas de plantas daninhas no cultivo de eucalipto até os 4 meses de idade. Com a aplicação de conceitos de silvicultura de precisão, os custos com controle de plantas daninhas podem ser diminuídos. As principais famílias de plantas daninhas encontradas na área de estudo foram Phyllanthaceae, Rubiaceae, Poaceae e Asteraceae. As espécies de maior ocorrência foram erva-quente (Spermacoce latifolia) e brachiaria (Urochloa decumbens). Independentemente do clone, aos 6 meses de idade foram identificadas deficiências nutricionais de N, P, K, Ca, Mg e S. Aos 12 meses as deficiências foram recuperadas, exceto para Mg. Ambos os clones aprestaram reduções superiores a 35% do volume com casca e 40% de biomassa de fuste quando em convívio com plantas daninhas após 12 meses de plantio. Clones de eucalipto de crescimento inicial lento, em convivência com plantas daninhas, apresentam maiores prejuízos ao crescimento em altura, CAP, volume e biomassa de fuste até os 15 meses pós-plantio em relação ao clone de crescimento inicial rápido.

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