RESÍDUOS MADEIREIROS DE ESPÉCIES AMAZÔNICAS PARA A PRODUÇÃO DE PELLETS
Antonio Alberto da Costa Neto
Defesa Pública: 24 de maio de 2023
Banca Examinadora:
Profª. Dra. Martha Andréia Brand – UDESC – Primeira Examinadora
Dr. Alexandre Techy de Almeida Garrett – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Marcelo José Raiol Souza, UDESC, Terceiro Examinador
Prof. Dr. Everton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
A indústria madeireira na Amazônia possui um grande potencial de produção, mas também é geradora de resíduos de madeira que podem ser utilizados para obtenção de outros produtos. Algumas empresas já os utilizam como biocombustíveis na forma de briquetes que são vendidos para geração de energia. Uma alternativa de aproveitamento é na produção de pellets, que teriam algumas vantagens em relação aos briquetes como na possibilidade de automatização dos processos de queima. Assim, são maiores as possibilidades de retorno financeiro e destaque ambiental da empresa com um “marketing verde”. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi produzir pellets a partir de resíduos de decks e pisos e avaliar sua qualidade por meio da norma ISO 17225-2. Foram utilizados resíduos de madeira das espécies Handroanthus serratifolius (Vahl) S. Grose (ipê amarelo), Hymenaea courbaril L. (jatobá), Manilkara elata Huber (maçaranduba), Dinizia excelsa Ducke (angelim-pedra), Astronium lecointei Ducke (muiracatiara) e Pinus taeda, espécie atualmente mais utilizada na produção de pellets no Brasil. A produção dos pellets foi realizada numa peletizadora laboratorial amandus kahl modelo 14-175. Os parâmetros avaliados foram: diâmetro, comprimento, teor de umidade, densidade unitária, densidade a granel, durabilidade mecânica, teor de finos, teor de voláteis e de carbono fixo, teor de cinzas, poder calorífico superior e inferior, densidade energética, resistência e rigidez à compressão (método adaptado) através da correlação de Pearson e a regressão linear. Os resultados obtidos para os 7 tipos de pellets produzidos atenderam os requisitos normativos para o uso residencial, comercial e industrial, destaque para a densidade a granel que ficou acima dos parâmetros influenciando de forma positiva na questão energética. Dentre as espécies, houve destaque na madeira do ipê amarelo, que apresentou valores de poder calorífico superior de 20,18 MG.kg, tal como o poder calorífico líquido de 17,17 MJ.kg e densidade energética de 13,93 GJ.m³.