PLANEJAMENTO E ALOCAÇÃO OTIMIZADA DE PÁTIOS PARA EXPLORAÇÃO EM PLANOS DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA
Débora Monteiro Gouveia
Defesa Pública: 29 de maio de 2023
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Thiago Augusto da Cunha, UFAC, Primeira Examinadora
Profª. Dra. Jaqueline Macedo Gomes, UEMASUL, Segundo Examinador
Dra. Andrea Nogueira Dias, UNICENTRO, Terceiro Examinador
Prof. Dr. Evaldo Muñoz Braz, EMBRAPA, Quarta Examinadora
Prof. Dr. Julio Eduardo Arce, UNICENTRO, Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
As empresas florestais estão constantemente em busca de qualidade, produtividade e redução de custos. O planejamento sustentado por ferramentas que auxiliem na tomada de decisão com uma visão integrada das operações são estratégias importantes para a garantia do manejo florestal. Entre as atividades, o dimensionamento, localização e abertura de estradas, trilhas de arraste e pátios de estocagem ocasionam muitos gastos. O objetivo deste estudo foi avaliar a infraestrutura existente para operações de exploração florestal e propor um modelo otimizado de alocação de pátios de estocagem de madeira em floresta submetida ao regime de manejo sustentável na Amazônia. O estudo foi realizado em uma fazenda florestal, localizada no estado do Pará em uma unidade de produção anual com área de 3.556,27 hectares. Inicialmente no capítulo I foi comparado o quantitativo e dimensionamento das infraestruturas aprovadas pelo órgão ambiental no plano de manejo florestal com as suas respectivas modificações ocorridas na execução da exploração florestal. Os resultados analisados evidenciam aumento na densidade de estradas, pátios e na distância máxima de arraste. O manejo florestal realizado, tanto no seu planejamento como em sua execução esteve em conformidade com as normas de legislação, todavia analisando o aproveitamento dessas infraestruturas sugere-se que a alocação destas pode ser melhor otimizada. Posteriormente no capítulo II, com base nesses resultados, foram analisados dois modelos por meio da programação linear inteira mista. Modelo A – sem penalizações e Modelo B – com penalizações de custo. O modelo identifica locais ótimos de alocação de pátios, regido por restrição de distância e volume máximo estocado. Foram alocados 311 possíveis pátios de estocagem para atender a demanda de 16.425 árvores exploráveis. Avaliou-se os resultados por meio da distância euclidiana árvores-pátio e pelo planejamento da exploração florestal. Na análise, o Modelo A apresentou melhor desempenho em relação a redução do somatório das distâncias de deslocamento entre árvores-pátios. O Modelo B teve melhor desempenho na uniformidade da quantidade de madeira a ser armazenada e na redução de impactos ocasionado pela abertura dessa infraestrutura. Foi possível concluir que a solução encontrada por estes modelos tratam-se de um caminho de menor dano acumulado, certamente soluções viáveis que podem ser adotadas pela empresa.