PERFORMANCE OF TREE SPECIES AND EVALUATION OF A RESTORATION PLANTATION
Bruna Elisa Trentin
Defesa Pública: 23 de fevereiro de 2023
Banca Examinadora:
Prof. Dr. José Marcelo Domingues Torezan – UEL – Primeiro Examinador
Profª. Dra. Sandra Cristina Müller – UFRGS – Segunda Examinadora
Profª. Dra. Renata Evangelista de Oliveira – UFSCar – Terceira Examinadora
Profª. Dra. Veridiana Padoin Weber – UTFPR – Quarto Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
Há uma urgência de ações para restaurar ecossistemas e o Brasil se comprometeu com metas globais de restauração, metas muito necessárias para mitigar as mudanças climáticas, porém a restauração das florestas enfrenta muitos desafios, a começar pela falta de conhecimento silvicultural de espécies nativas. Entre 70 espécies nativas da Mata Atlântica Subtropical, buscamos avaliar: 1) quanto carbono um plantio de restauração de alta diversidade armazena; 2) comparar o sequestro de carbono entre 70 espécies nativas; 3) o papel dos grupos ecológicos das espécies no sequestro de carbono, 4) destacar as melhores espécies regionais para projetos de restauração com foco em carbono, 5) quais espécies tiveram melhor desempenho para sobrevivência, crescimento e fechamento do dossel 6) a classificação dos grupos ecológicos de – “preenchimento” e “diversidade” -, foi consistente com os resultados de campo? 7) quais espécies foram mais sensíveis à geada? 8) como as estratégias de crescimento variam entre grupos de espécies e dentro de grupos? 9) como foi a evolução do fechamento do dossel em um plantio de alta diversidade? e 10) qual estágio sucessional o plantio atingiu após 8,5 anos? As espécies de preenchimento estocaram mais carbono quando comparadas às de diversidade em todas as idades, e após 8,5 anos o plantio de alta diversidade armazenou 46,04 tC ha-1, que poderia aumentar para 121,49 tC ha-1 se selecionarmos as espécies de melhor desempenho em relação ao carbono. Até quatro anos após o plantio, as espécies de preenchimento dominaram as dez primeiras posições no ranking de crescimento em altura, DAP e área de copa; no entanto, após 8,5 anos as espécies de diversidade eram metade das dez melhores posicionadas no ranking. Algumas espécies não cresceram como esperado, e um grupo de crescimento distinto emergiu, onde quatro espécies de preenchimento cresceram mais rápido que as demais, no período de um a quatro anos de idade, sendo menos distintas após 8,5 anos. Maiores taxas de mortalidade foram encontradas até dois anos após o plantio e as geadas afetaram negativamente a sobrevivência das espécies em geral. Desenvolvemos um ranking de desempenho de espécies para auxiliar na seleção de espécies nativas para plantios de restauração. Também encontramos diferenças nas estratégias de crescimento entre e dentro dos grupos, no entanto, a maioria das espécies de preenchimento investiu mais em área de copa e altura, enquanto a maioria das espécies de diversidade investiu mais em altura do que em DAP. O plantio de alta diversidade atingiu um dossel fechado quatro anos após o plantio. Após 8,5 anos, o povoamento atingiu um estágio sucessional inicial. As práticas de restauração devem focar no uso de espécies nativas com melhor desempenho para atingir os objetivos de restauração de forma mais rápida e eficiente.