Diversidade genética e patogenicidade de Harknessia pseudohawaiiesis Crous & Carnegie, Apoharknessia eucalyptorum Crous & Lee E Chalara holubovae Koukol A Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage

Michele Moro

 

Defesa Pública: 14 de julho de 2021

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Aderlan Gomes da Silva – IFMG – Primeiro Examiandor
Profa. Dra. Daniele Ukan – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

Em plantios de Eucalyptus spp. considera-se frequente a ocorrência de fitopatógenos que induzem o sintoma de mancha foliar. Citam-se como exemplos Apoharknessia spp. e Harknessia spp. que nos últimos anos têm despertado muito interesse, por serem novos em determinados locais, ou mesmo por não terem sido descritos, deixando lacunas do ponto de vista fitopatológico, pois sua patogenicidade, sintomatologia, danos potenciais e impactos não foram estudados em profundidade. Dada a necessidade de completar o conhecimento sobre o microrganismo fitopatogênco assim as interações que resultam no processo de doença, o presente trabalho busca realizar análises fenotípicas de severidade e patogenicidade de isolados de A. eucalyptorum e Harknessia spp. em clones de E. benthamii. O trabalho foi realizado no viveiro da UNICENTRO em Irati – Pr, onde foram inoculados seis isolados fúngicos em duas folhas de mudas clonais de E. benthamii, que foram avaliadas a severidade aos 07 dias após a inoculação (DAI) e aos 14 DAI com 277 e 284 dias de idade respectivamente. Os fungos utilizados no trabalho foram identificados e comparados com as sequências depositadas no NCBI (National Center for Biotechnology Information) e posteriormente realizadas as análises filogenéticas por meio de dendogramas. Foi observada variabilidade fenotípica em relação à agressividade de quatro isolados de A. eucalyptorum, um isolado de Harknessia pseudohawaensis e um isolado de Chalara holubovae a mudas clonais de E. benthamii. As espécies de Harknessia e Apoharknessia ficaram separadas em clados distintos, confirmando que as espécies são diferentes geneticamente, com 100% de dissimilaridade, indicando diversidade genética nos isolados avaliados. Ressalta-se que A. eucalyptorum apresentou variabilidade genética maior por se tratar de isolados advindos de uma mesma região geográfica. O melhor entendimento desta variabilidade é vital para estratégias futuras de manejo de doença. É o primeiro relato de patogenicidade de H. pseudohawaiensis e de C. holubovae a E. benthamii, descrevendo-se assim nova lista de patógenos para a espécie.

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