Uso de imagens obtidas por aeronave remotamente pilotada (ARP) para mensuração do volume de toras de madeira empilhadas em pátio industrial.

Leonardo Heraki

 

Defesa Pública: 07 de dezembro de 2020

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Marcos Benedito Schimalski – UDESC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Luciano Farinha Watzlawick – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Vagner Alex Pesck – UNICENTRO – Terceiro Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

Para a obtenção de dados volumétricos de toras de madeira empilhadas, uma opção viável pode ser a utilização de ferramentas como ARP com câmera que permita capturar imagens com qualidade suficiente para gerar Modelos Digitais 3D em software de fotogrametria digital. Diante disso, este estudo teve como objetivo quantificar o volume de toras de madeira empilhadas em um pátio industrial, a partir de imagens aéreas com altíssima resolução espacial obtidas por aeronave remotamente pilotada (ARP). As aferições volumétricas foram testadas utilizando a técnica fotogramétrica Structure from Motion-Multi View Stereo (SfM-MVS) comparando com o método convencional de medição manual. O estudo foi realizado no pátio industrial da empresa Agrosepac Serrados Ltda, localizada no município de Mallet, Paraná, numa área de 0,55 hectares. Foram distribuídos 10 pontos de controle geodésicos, georreferenciados com uso de um receptor GEOMAX RTK Zennith 25, com rastreio de constelação GPS L1/L2/L2C e GLONASS nas portadoras L1/L2. Asimagens aéreas do pátio de estocagem de toras de madeira foram obtidas por uma aeronave remotamente pilotada (ARP) DJI PHANTOM 4 Advanced com câmera modelo FC6310, testando três alturas de voo diferentes (60, 80 e 100m). O levantamento de imagens aéreas com aeronave remotamente pilotada (ARP) combinados com programas de fotogrametria digital, para gerar modelos digitais de superfície (MDS), possibilita realizar aferições volumétricas de madeira empilhada. As aferições volumétricas utilizando a técnica fotogramétrica SfM-MVS, a partir de imagens obtidas a 60, 80 e 100m de altura, não apresentaram diferenças significativas em relação ao método convencional de medição manual. Em relação ao tratamento 4 (testemunha), representado pelo método convencional, as médias das estimativas volumétricas testadas nos tratamentos 1, 2 e 3, pela técnica SfM-MVS, utilizando imagens obtidas a 60, 80 e 100m de altura, apresentaram variações de 17,50%, 14,93% e 8,31%, respectivamente. Os modelos 3D gerados a partir de imagens coletadas com altura de voo de 100m, apresentaram uma variação de 8,31% em relação a sua respectiva verdade, sendo a única altura de voo testada que apresentou resultado dentro da tolerância de até 10% estabelecida pela indústria florestal. Portanto, foram considerados os melhores modelos para obtenção de estimativas volumétricas, aqueles gerados a partir de imagens obtidas com altura de voo de 100m.

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