Pellets de biomassa residual da colheita de pinus e eucalipto

Danielle de Moraes Lúcio

 

Defesa Pública: 04 de setembro de 2020

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Alexandre Santos Pimenta – UFRN– Primeiro Examinador
Profª. Dra. Martha Andreia Brand – UDESC – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Dimas Agostinho Silva – UFPR – Terceiro Examinador
Prof. Dr. Rau de Abreu Neto – UNICENTRO – Quarto Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

O potencial energético dos resíduos de colheita florestal permite serem utilizados como fonte de matéria-prima para a produção de pellets, pois são de baixo custo, de fontes sustentáveis e estão disponíveis o ano inteiro. No entanto, sua composição, que engloba diferentes compartimentos da árvore, e o tempo que podem ficar estocados no campo são fatores que podem afetar a qualidade dos pellets produzidos. Este estudo teve por base a tese de que o material residual da colheita florestal pode ser utilizado na produção de pellets, sendo os objetivos avaliar a influência da espécie, dos compartimentos da árvore e do tempo de estocagem na sua qualidade. Os pellets foram produzidos em uma prensa peletizadora laboratorial de matriz plana utilizando os três compartimentos (ponteira, galhos e acículas/folhas) de pinus e de eucalipto, puros e em diferentes misturas, e utilizando a mistura da biomassa obtida da colheita de pinus e de eucalipto em quatro diferentes tempos de estocagem no campo. A avaliação dos pellets foi realizada por meio de análise das propriedades físico-mecânicas e energéticas: teor de umidade, densidade a granel, densidade unitária, durabilidade mecânica, teor de finos, análise química imediata, poder calorífico superior e poder calorífico inferior. A qualidade dos pellets foi comparada a Norma ISO 17225-2. Ainda, para os pellets produzidos com biomassa da colheita, foi realizada análise termogravimétrica. As biomassas de acícula de pinus e de folha de eucalipto contribuíram para o aumento da durabilidade mecânica e aumento do poder calorífico superior e inferior dos pellets, porém aumentaram o teor de cinzas quando misturados com ponteira e galhos. Os pellets de galhos, ponteira e a mistura entre esses dois compartimentos de pinus e de eucalipto apresentaram os menores valores para teor de cinzas. Até 180 dias, tempo máximo de estocagem da biomassa residual no campo avaliado, não houve influência nas propriedades físico-mecânicas e energéticas dos pellets. Em função de suas propriedades, os pellets da biomassa residual da colheita de pinus e de eucalipto podem ser indicados para uso industrial.

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