Propriedades físico-mecânicas da madeira de um povoamento de Pinus taeda L. atacado pelo macaco-prego
Tânia Vieira de Mello
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Defesa Pública: 06 de março de 2018
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Banca Examinadora:
Profª. Dra. Raquel Marchesan – UFT – Primeira Examinadora
Profª. Dra. Fabiane Salles Ferro – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
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Resumo:
As florestas plantadas no Brasil assumem a liderança em produtividade mundial, com produção média de 40 m³ por hectare por ano representam uma grande riqueza para o setor industrial do país, fornecendo uma variedade de produtos e subprodutos como carvão vegetal, papel, celulose, painéis de madeira e piso laminado. O Pinus taeda L. compõe este cenário de florestas plantadas, sendo a espécie mais cultivada na região Sul do Brasil e, os plantios da espécie estão sofrendo ataque de macacos-prego. Esses primatas retiram a casca no terço superior da árvore para se alimentar da seiva. Diante deste fato, o objetivo do estudo foi avaliar as propriedades físico-mecânicas da madeira de Pinus taeda atacada pelo macaco-prego. O material utilizado na pesquisa foi proveniente de um plantio de árvores com 19 anos de idade. Foram colhidas 15 árvores atacadas pelo macaco-prego e 15 árvores livres do ataque, sendo retiradas as duas primeiras toras com 1,20 metros cada. As toras foram desdobradas em pranchões de oito centímetros de espessura, os quais permaneceram ao ar livre por quatro meses para a secagem do material. Após esse período, foram confeccionados corpos de prova, para os ensaios de flexão estática, compressão paralela e cisalhamento. Avaliou-se as propriedades da madeira atacada pelo macaco-prego e da madeira não atacada, em três classes de DAP da árvore, (20,00 – 27,99 cm; 28,00 – 35,99 cm e 36,00 – 43,99 cm). Os corpos de prova foram utilizados para determinação da massa específica aparente, porcentagem de lenho tardio, tamanho médio dos anéis, resistência e rigidez em flexão estática e em compressão paralela as fibras e resistência ao cisalhamento. Os resultados obtidos revelaram que para o ensaio de flexão estática e cisalhamento não houve diferença entre a madeira atacada e a madeira não atacada, mas para o ensaio de compressão paralela às fibras ocorreu diferença resultando em maior resistência e rigidez para a madeira na condição atacada. O percentual de lenho tardio dos anéis de crescimento foi maior para a madeira oriunda de árvores atacadas nos corpos de prova dos três ensaios mecânicos. Ainda, foi observada correlação significativa entre as características dos anéis de crescimento mensuradas (porcentagem de lenho tardio e tamanho médio), com o desempenho físico-mecânico dos corpos de prova.