Pós-tratamento de efluente do cozimento para laminação de toras de Pinus spp. por coagulação e filtração adsortiva
Luana Falbot Claus
Defesa Pública: 26 de março de 2019
Banca Examinadora:
Profª. Dra. Ana Cláudia Barana – UEPG – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Éverton Hillig– UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Carlos Magno de Sousa Vidal – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
A indústria de compensados de madeira ocupa grande espaço na economia nacional e um dos problemas encontrados no processo de fabricação é o grande volume de resíduos gerados, entre eles, o efluente líquido proveniente do cozimento das toras. O referido efluente apresenta alta carga orgânica, elevada cor aparente e grande quantidade de compostos fenólicos derivados da lignina, sendo estes tipicamente tóxicos e biorecalcitrantes aos sistemas de tratamento convencionais como as lagoas de estabilização. Visando a remediação deste efluente o presente trabalho busca avaliar a remoção de cor, turbidez e fenol residual de efluente de uma indústria de compensados de madeira empregando a coagulação química e a filtração adsortiva em carvão ativado granular e zeólita natural. Os experimentos foram realizados em escala de bancada no equipamento Jartest. Os efluentes foram coletados na ETE da empresa, sendo o primeiro na saída da lagoa de aeração (efluente A) e o segundo na saída da lagoa de sedimentação (efluente B). O trabalho foi realizado em duas etapas: na primeira foi feita a investigação das condições operacionais ideais para o processo de coagulação, tendo sido testadas: dosagem de coagulante e tempo de sedimentação. Na segunda etapa foi realizada a avaliação da eficiência do tratamento de coagulação sob as condições ideais (otimizada) e posteriormente foram feitos os ensaios de filtração em carvão ativado granular e zeólita natural no efluente coagulado. Na Etapa um os resultados obtidos apontaram para a utilização da dosagem de coagulante de 125 mg.L-1 com tempo de sedimentação de 40 min para o efluente A, e 125 mg.L-1 com tempo de sedimentação de 20 min para o efluente B. Na segunda etapa, após a coagulação química, para o tratamento do efluente A foram obtidas remoções de DBO, cor, turbidez, DQO e fenol de 100%, 97%, 99%, 79% e 84% respectivamente, e para o efluente B, por sua vez, foram obtidas remoções de 100%, 99%, 98%, 80% e 85% para os mesmos parâmetros. Com o efluente A clarificado e posteriormente filtrado por carvão ativado ainda foram obtidas remoções de 90% para absorbância 254 nanômetros e remoção de 89% para sólidos suspensos e remoções significativas para os demais parâmetros. A filtração do efluente A coagulado em zeólitas alcançou remoções de 74% para cor, 76% para turbidez e também 89% para sólidos suspensos. O processo de coagulação se mostrou altamente eficiente no tratamento terciário do efluente do cozimento de toras, a filtração em ambos meios permitiu aprimorar a qualidade do efluente final e resultados atrativos para posterior estudo sobre reuso do efluente tratado.
