Occurrence of Apoharknessia eucalyptorum in Brazil: in vitro cultivation, pathogenicity and symptomatology

Alexandre Techy de Almeida Garrett

 

Defesa Pública: 01 de novembro de 2018

 

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Maria Alves Ferreira – UFLA – Primeira Examinadora
Dra. Ana Lídia Moura do Carmo – KLABIN – Segunda Examinadora
Profª. Dra. Daniele Ukan – UNICENTRO – Terceira Examinadora
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Quarto Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

Ocorrência de Apoharknessia eucalyptorum no Brasil: cultivo in vitro, patogenicidade e sintomatologia. O número de doenças associadas com Eucalyptus spp. na América do Sul está aumentando. Neste contexto, o fungo Apoharknessia eucalyptorum foi identificado recentemente infectando folhas de Eucalyptus dunnii no Sul do Brasil. Desde 2004 o gênero Apoharknessia era composto apenas por A. insueta. A. eucalyptorum foi descrita somente em 2017 e A. eucalypti em 2018. Este gênero é pouco entendido, faltando informações sobre dispersão, cultivo in vitro, patogenicidade, sintomatologia, severidade e impactos. Deste modo, este estudo teve o objetivo de relatar a ocorrência de A. eucalyptorum no Brasil, suas características, o cultivo e a esporulação in vitro, a inoculação, patogenicidade, sintomatologia, e a severidade em folhas e caule de mudas. O primeiro capítulo trata da ocorrência e da identificação do fungo no Brasil associado com manchas foliares em E. dunnii, bem como a primeira descrição de patogenicidade da espécie. No segundo capítulo, características de colônia, crescimento e esporulação de A. eucalyptorum foram avaliadas em temperaturas de 15, 20, and 25 °C em quatro meios de cultura: extrato de malte ágar (MEA); batata dextrose ágar (PDA); Suco V8 ágar (V8); e feijão dextrose ágar (BEAN). O terceiro capítulo aborda a inoculação, sintomatologia, e a severidade de A. eucalyptorum em folhas de E. dunnii e Corymbia citriodora, e em caules de mudas de E. dunnii. O fungo A. eucalyptorum foi identificado por sequencias ITS, ß-Tubulina e Calmodulina, e análises morfológicas que confirmaram o tamanho e a presença de apêndices basais e apicais nos conídios de cor marrom, similares ao fungo estudado. As inoculações confirmaram a patogenicidade de A. eucalyptorum. As características das colônias variaram com as temperaturas e meios testados. As melhores condições para o crescimento e esporulação foram a 25 °C em PDA, BEAN, e MEA, com fotoperíodo de 24 horas. Após as inoculações, lesões de cor marrom, circulares ou irregulares foram observadas ocorrendo ao longo da margem das folhas, distribuídas esparsamente ou coalescendo pelo limbo foliar, em folhas destacadas com e sem ferimentos. A severidade variou de 13 a 63% em E. dunnii e de 30 a 38% em C. citriodora. Neste estudo, a patogenicidade de A. eucalyptorum foi comprovada, demonstrando a sintomatologia da doença, e que o fungo pode infectar tecidos foliares sem ferimentos. Além disso, este é o primeiro relato do fungo em C. citriodora. Portanto, a dispersão de A. eucalyptorum e os possíveis impactos do patógeno em plantios de Eucalyptus spp. devem ser monitorados no Brasil.

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