Modelagem de efeitos mistos para afilamento em fustes de Tectona grandis L.f.

Luciano Rodrigo Lanssanova

 

Defesa Pública: 22 de agosto de 2019

 

Banca Examinadora:

Dr. Edilson Batista de Oliveira – EMBRAPA – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Thiago Floriani Stepka – UDESC – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Terceiro Examinador
Profª. Dra. Fabiane Aparecida Retslaff Guimarães – UNICENTRO – Quarta Examinadora
Prof. Dr. Sebastião do Amaral Machado – UFPR / UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

Os plantios de teca no Brasil possuem um notório destaque no setor florestal, com perspectivas de retornos financeiros a curto e médio prazo. Contudo, tal espécie carece de estudos sobre a forma e afilamento dos fustes, para servir como subsídio à empresas de base florestal, garantindo o melhor sortimento dos multiprodutos provenientes do povoamento florestal. Assim, a presente pesquisa teve por objetivo avaliar e comparar diferentes estratégias para descrição do perfil de fustes de Tectona grandis, com a aplicação da técnica de modelagem mista, em estimativas de diâmetros e volumes ao longo do tronco. A pesquisa foi desenvolvida em plantios de Tectona grandis com idades de 5 a 25 anos, localizados em Brasnorte, estado de Mato Grosso. Foram cubadas 509 árvores pelo método da altura relativa, e estas foram estratificadas em três classes de forma e cinco classes de diâmetros. Para avaliar a precisão das estimativas dos diâmetros ao longo do fuste, foram ajustados sete modelos de afilamento pelo método dos mínimos quadrados ordinários, sendo 4 não segmentados, 1 segmentado e 2 de forma variável. Após a seleção do melhor modelo, foi aplicada a modelagem não linear de efeitos mistos para avaliar a precisão das estimativas de diâmetros e volumes, respectivamente. Foram testadas duas estratégias: (1) considerando a árvore como efeito aleatório na aplicação da modelagem mista e; (2) aplicando a modelagem mista em multiníveis, totalizando 18 níveis de variação (3 classes de forma e 6 classes de diâmetro). Além disso, ainda foram avaliados três cenários, testando a combinação de 1, 2 ou 3 coeficientes aleatórios. Os ajustes foram realizados por meio das funções nls e nlme do software R. Para avaliar a performance dos modelos de afilamento foram utilizadas seis estatísticas: erro padrão de estimativa em porcentagem (Syx%), coeficiente de determinação (R²), critério de informação de Akaike (AIC), viés (V), erro quadrático (MSE) e viés absoluto (MD), além da análise gráfica de resíduos e autocorrelação. A modelagem de efeitos mistos proporcionou estimativas mais acuradas e precisas dos diâmetros e volumes. A Estratégia 1 propiciou a eliminação da autocorrelação e heterocedasticidade residual. Para as duas estratégias avaliadas, à medida que foram aumentados o número de coeficientes mistos, obteve-se melhorias na acurácia e precisão das estimativas de diâmetros e volumes.

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