Ganhos genéticos viesados pelo sistema misto de reprodução em Eucalyptus spp.

Caroline Stein

Defesa Pública: 06 de novembro de 2017

Banca Examinadora:
Profª. Dra. Dagma Kratz – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. João Ricardo Bachega Feijó Rosa – FTS Sementes – Segundo Examinador
Prof. Dr. Fabiana Schmidt Bandeira Peres – UNICENTRO – Terceiro Examinador
Prof. Dr. Evandro Vagner Tambarussi – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:
As estimativas de variâncias genéticas e coeficientes de herdabilidades são fundamentais em programas de melhoramento genético para a quantificação do ganho que será obtido com a seleção. Nesta pesquisa objetivou-se comparar espécies de eucalipto com diferentes sistemas reprodutivos para avaliar as superestimativas dos ganhos genéticos quando se desconsidera o correto sistema de reprodução das espécies. Foram testadas cinco procedências de Eucalyptus camaldulensis (preferencialmente alógama) e sete procedências de Eucalyptus pellita (preferencialmente mista). Os experimentos foram instalados em condições de campo no ano de 2014, com o delineamento de blocos completos casualizados com dez repetições e sete plantas por parcela para E. camaldulensis e seis plantas por parcela para E. pellita. Aos dois anos de idade foram mensurados os caracteres diâmetro à altura do peito (DAP), altura (H) e volume (VOL). A herdabilidade média ( 2 ˆ mh ) variou entre 0,96 (DAP), 0,93 (VOL) a 0,90 (H) para E. pellita e de 0,49 (DAP), 0,48 (H) a 0,32 (VOL) para E. camaldulensis. Por meio das superestimativas observadas do ganho genético, as perdas variaram de 56,81% a 75,60%. As correlações genotípicas e fenotípicas foram altas e estatisticamente significativas para todos os caracteres, indicando a possibilidade de realizar a seleção indireta. Esses resultados mostram que a incorporação de dados do sistema reprodutivo nas estimativas de parâmetros genéticos aumenta a precisão e direciona o melhorista para a conservação e ganhos não viesados das populações sob melhoramento nos próximos ciclos de seleção.

PDF

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *