Estimativas de variáveis para planejamento da composição de plantios na floresta urbana

Jéssica Batista da Mata

 

Defesa Pública: 27 de fevereiro de 2019

 

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Flávia Gizele König Brun – UTFPR – Primeira Examinadora
Profª. Dra. Mariângela Ceschim Iurk – SEED – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Rogério Bobrowski – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

Estudos sobre a forma como a floresta urbana cresce são importantes para gerar informações aos orgãos responsáveis por geri-la, para auxiliar na manutenção de forma eficaz, promovendo a oferta de benefícios e, frequentemente, a redução dos custos. Para isso, este estudo teve como objetivo analisar os padrões de crescimento de Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos e Platanus x acerifolia (Aiton) Willd. presentes na floresta urbana de Irati – PR. Nesse sentido, foram verificadas as relações alométricas, área e volume de copa e geradas estimativas de crescimento ao longo dos anos. A área de projeção de copa no sentido horizontal foi estimada por meio da medição de oito raios de copa, comparando-se com a área determinada por meio da medição de quatro e dois raios, a fim de indicar a maneira mais prática e eficaz para isso. A área de projeção de copa vertical determinada por meio da vetorização de imagens das copas das árvores foi comparada com as estimativas feitas por fórmulas de área de figuras geométricas planas (retângulo, elipse, círculo, triângulo e parábola), a fim de indicar qual método seria de fácil determinação da área a partir de dados do inventário. O volume de copa hipotético foi estimado pelas figuras geométricas espaciais (paralelepípedo, elipsoide, esfera, cone e paraboloide) para verificação da ocupação tridimensional da copa das árvores. Ajustou-se diferentes modelos para estimar as dimensões da copa em função do diâmetro à altura do peito (DAP em cm) e/ou altura total (m). Para estudo do crescimento das árvores foi utilizada a análise de tronco parcial e os dados obtidos foram utilizados para ajustar o modelo biológico de Chapman-Richards com objetivo de compreender o crescimento em diâmetro de tronco e da copa ao longo dos anos. Constatou-se que a coleta de dois raios de copa pode ser eficiente para estimar a área de projeção vertical, desde que selecionados corretamente, sendo um na face NL e outro na face S-O. A figura que melhor representou a copa das duas espécies foi a do triângulo, portanto, o cone foi considerado a figura de equivalência para cálculo do volume de copa. O diâmetro de copa pode ser estimado por meio do DAP, ainda que a variável altura possa melhorar o ajuste. O modelo de Chapman-Richards foi eficiente para estimar o DAP ao longo dos anos de ambas as espécies plantadas em área urbana, principalmente em idades mais avançadas. Essas informações permitem auxiliar o processo de gestão da composição da floresta urbana, porque podem gerar tendências de crescimento e grau de ocupação ao longo dos anos em áreas urbanizadas.

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