Effects of selective logging on genetic diversity of Araucaria angustifolia (Bertol.) Ktze

Rafael Henrique Roque

 

Defesa Pública: 26 de fevereiro de 2019

 

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Dagma Kratz – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Segundo Examinador
Prof. Dr. Evandro Vagner Tambarussi – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

Araucaria angustifolia é a espécie dominante da Floresta Ombrófila Mista, ocorrendo de forma associada a um número diverso de espécies de árvores e outros tipos vegetais. A intensa exploração da espécie, sobretudo compreendida entre as décadas de 1950 e 1970, pode ter resultado em perda de parte da diversidade genética de populações naturais de A. angustifolia. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar o efeito do corte seletivo sobre a diversidade genética e sobre a estrutura genética de populações naturais de A. angustifolia. Os estudos foram conduzidos em uma população localizada no município de Fernandes Pinheiro, Paraná, Brasil, que foi submetidas a corte seletivo. Para extração de DNA foram coletadas amostras de 24 árvores cortadas e de 24 árvores remanescentes, com base no protocolo CTAB. Para as análises genéticas foram testados 14 locos microssatélites previamente desenvolvidos para a espécie. A partir das análises de frequências alélicas, verificou-se um número total de alelos por locos (AT) variando de três a 22, com média de 10,9. A amostra de árvores remanescentes apresentou maior riqueza alélica média (k = 9,64) do que as árvores cortadas (k = 8,82). Constatou-se que as árvores que foram cortadas retiraram da população, em média 3,73 alelos raros (Ar) por loco, 1,18 alelos raros e privados (Arp) e 1,27 alelos privados (Ap). A amostra de árvores cortadas apresentou diversidade (Ho = 0.735; He = 0.732) significativamente similar as árvores remanescentes (Ho = 0.714; He = 0.736). O índice de fixação (F) também foi significativamente igual para as árvores cortadas (F = -0,005) e para as árvores remanescentes (F = 0,022). Com o corte seletivo, houve aumento do coeficiente de coancestria médio ( ̅xy) para classes de distância de 200 a 600 m, indicando que no cenário pós-corte seletivo a probabilidade de se amostrar indivíduos aparentados dentro destas classes é maior. Não há diferença significativa entre os parâmetros de diversidade (heterozigosidade) para as árvores cortadas e árvores remanescentes. No entanto, verificou-se diminuição da diversidade genética para a população de A. angustifolia submetida ao corte seletivo, principalmente devido à perda de alelos raros e privados. Os resultados desta pesquisa podem ser aplicados ao desenvolvimento de políticas públicas para definição de propostas de manejo sustentável de A. angustifolia em áreas de ocorrência natural da espécie

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