Desempenho do processamento de árvores e potencial energético de coproduto na colheita de eucalipto clonal
Eloise Prates Gorte
Defesa Pública: 28 de agosto de 2019
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Jean Alberto Sampietro – UDESC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Dimas Agostinho da Silva – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Terceiro Examinador
Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
Resumo:
A necessidade da produção de energia renovável pode influenciar diretamente no manejo das florestas plantadas, por meio de multiprodutos, como madeira para fins industriais e energéticos. Neste contexto, objetivou-se avaliar a operação de processamento de árvores e o potencial energético dos coprodutos produzidos a partir de diferentes diâmetros limites da altura comercial em povoamentos clonais de eucalipto. A pesquisa foi realizada em uma empresa florestal na região dos Campos Gerais, Paraná, Brasil, em povoamentos clonais de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna, ambos com 7 anos de idade e submetidos ao corte raso. Foram estudados quatro tratamentos definidos pelos diâmetros limites das alturas comercial entre celulose e coprodutos, sendo: T1-8 cm, T2-10 cm, T3-12 cm e T4-14 cm, bem como árvores inteiras para fins energético (T5-FT). Iniciamente, no capitulo I, realizou-se a avaliação do desempenho operacional e da qualidade da operação de processamento das árvores com uso do processador florestal, por meio de um estudo de tempos e movimentos. Em seguida, no capitulo II, procedeu-se à análise dos parâmetros energéticos dos coprodutos gerados do processamento das árvores, que foram transformados em cavacos e levados ao laboratório para determinação da umidade, química imediata e poder calorífico. Os resultados mostraram que o desempenho operacional do processador florestal foi superior no diâmetro limite de 10 cm, bem como apresentou a melhor qualidade nos produtos produzidos. Quanto as características energéticas, verificou-se que o E. saligna foi o clone mais susceptível aos tratamentos, devido as maiores variações entre participações dos componentes das árvores (madeira, casca, galhos e folhas), sendo as melhores características nos diâmetros acima de 10 cm. Entretanto, o híbrido E. urophylla x E. grandis apresentou parâmetros energéticos constantes nos diferentes diâmetros, devido a pouca variação entre a participação dos componentes das árvores. Portanto, de maneira geral, os coprodutos apresentaram melhores parâmetros de qualidade quando apresentaram diâmetros iguais ou superiores a 10 cm.