Caracterização morfológica e molecular, sintomatologia e severidade de Pestalotiopsis spp. Steyaert em mudas de Eucalyptus dunnii Maiden
Fernanda Rocha Reda
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Defesa Pública: 30 de agosto de 2017
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Banca Examinadora:
Profª. Dra. Graziela Piveta – UFSM – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Leandro Alvarenga Santos– UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Rodrigo Otávio Veiga de Miranda – UNICENTRO – Terceiro Examinador
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
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Resumo:
A versatilidade de usos da adaptação aos sítios pelas diversas espécies de eucalipto cultivadas têm impulsionado as pesquisas visando, principalmente, à resistência à pragas e doenças. Mesmo Eucalyptus dunnii sendo uma das espécies mais utilizadas no sul do país, questões como problemas fitossanitários nesta espécie tem sido negligenciados. Dentre as principais causas de doenças nesta cultura, Pestalotiopsis spp. tem merecido atenção, justamente por se tratar de um patógeno que precisa de uma abertura inicial, encontrando, portanto, as condições ideais de penetração devido a fenômenos climáticos como geada e granizo, típicos dessa região. Portanto, os objetivos desse estudo foram: caracterizar morfofisiológicamente e molecularmente os isolados de Pestalotiopsis spp. PB e PE, quantificar a severidade de Pestalotiopsis spp. em caules e folhas de Eucalyptus dunnii. O fitopatógeno em questão foi isolado de três diferentes culturas, PB (obtido de cancro em Mimosa floculosa) e PE (obtido de mancha-foliar em Eucalyptus grandis), pertencentes à micoteca do Laboratório de Proteção Florestal da UNICENTRO-Irati e os isolados P2 e P5 (obtidos de Carya illinoinensis), pertencentes à micoteca do Laboratório de Fitopatologia Elocy Minussi da Universidade Federal de Santa Maria-RS. Para melhor compreensão, esse trabalho foi dividido em três capítulos: 1) Caracterizar morfofisiológicamente e molecularmente os isolados PB e PE; 2) Descrever os sintomas em folha e quantificar a severidade dos diferentes isolados nesse órgão; 3) Descrever os sintomas e quantificar a severidade em caule. As sequências moleculares dos isolados PB e PE foram idênticas entre si e correspondem as espécies P. kenyana e P.oryzae. Todos os isolados demonstraram ser patogênicos a E. dunnii, mesmo advindos de hospedeiros diferentes. Os isolados PE e P5 demonstraram as maiores médias de severidade em folha, com 13,74% e 15,32%, respectivamente. Em relação ao caule, no experimento 1, inoculando-se apenas os isolados PB e PE, em quatro ensaios diferentes, PB apresentou as maiores médias de cancro em todos os ensaios chegando a 43,40 cm2 de área lesionada. No Experimento 2, avaliando-se os quatro isolados, realizados em dois ensaios, P5 apresentou as médias mais altas nos dois ensaios, 62,41 e 42,81 cm2, respectivamente. Em relação a severidade de caule, no experimento 1, avaliando-se os isolados PB e PE em quatro ensaios, PE apresentou 62,99% e no experimento 2, avaliando-se todos os isolados, em dois ensaios, P5 obteve média de 15,29% no ensaio 1 e PE 28,9% de área lesionada no ensaio 2.