Estruturação de Bases Temáticas como Subsídio à Proposição de Tratamentos Silviculturais para Fragmentos de Floresta Ombrófila Mista
Julio Cesar Cochmanski
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Defesa Pública: 31 de agosto de 2015
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Banca Examinadora:
Profª. Dra. Yeda Maria Malheiros de Oliveira – EMBRAPA Florestas – Primeira Examinadora
Profª. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Profª. Dra. Maria Augusta Doetzer Rosot – EMBRAPA Florestas – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora
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Resumo:
O presente estudo teve como objetivo estruturar bases temáticas como subsídio para o ordenamento de fragmentos da Floresta Ombrófila Mista, envolvendo pequenas propriedades com características de práticas de agricultura familiar e de subsistência. O estudo foi realizado na região centro sul do estado do Paraná, no município de Fernandes Pinheiro, envolvendo 36 propriedades daquela região. Para o mapeamento das classes de uso e cobertura da terra utilizou-se uma imagem satelitária WorldView2 com resolução de 0,5 metros por pixel quadrado na banda pancromática e com 2,0 m nas bandas multiespectrais. Delimitou-se as propriedades envolvidas e classificou-se as camadas de uso da terra por propriedade. Com a demarcação dos rios na imagem, criaram-se buffers das APPs conforme a Lei 4.771 e a Lei 12.651, possibilitando comparações, no que se refere à diminuição de áreas de recuperação de APPs, no que tange às APPs de uso consolidado e às novas concessões de que trata a Lei 12.651. Dos 140,47 ha de APPs em toda área de estudo – que deveriam estar recobertos por florestas naturais em bom estado de conservação – apenas 95,6 ha apresentam uso não consolidado e com cobertura florestal natural. Dos 42,87 ha com uso consolidado em APPs, segundo a Lei 12.651, é exigida a recuperação de apenas 4,53 ha, aproximadamente 10%. Foram definidas oito Unidades Silviculturais (USs) nas propriedades, sendo cada US formada por polígonos com cobertura florestal homogênea em relação à subtipologia e condição legal (área de APP ou não), para a qual se recomenda o mesmo tratamento. Descontinuidades físicas como limites de propriedades, cercas, rios e estradas determinaram a subdivisão de uma mesma US, gerando dois ou mais talhões, considerados unidades administrativas onde se aplica o manejo. Os talhões foram agrupados por subtipologia florestal semelhante, tendo-se proposto oito tratamentos silviculturais, distintos para cada grupo de talhões. Foram indicadas seis espécies nativas como espécies-chave para o manejo, sendo elas: Araucaria angustifolia, Ocotea porosa, Ocotea odorifera, Cedrela fissilis, Ilex paraguariensi e Mimosa scabrela; além disso, recomenda-se o controle da espécie exótica Hovenia dulcis Thunb. nas APPs.