Modelagem Biométrica e Fitossociologia de Pteridófitas Arborescentes em Floresta Ombrófila Mista
Jocasta Lerner
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Defesa Pública: 29 de fevereiro de 2016
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Banca Examinadora:
Prof. Dr. Pedro Higuchi – UDESC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Thiago Floriani Stepka – UDESC – Segundo Examinador
Profª. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora
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Resumo:
No Estado do Paraná, existem treze espécies de samambaias de porte arborescentes, dentre elas Dicksonia sellowiana (Pres.) Hook, e as ciateáceas Alsophila setosa Kaulf, Cyathea phalerata Mart. e Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin. Objetivou-se com esse estudo, realizar a caracterização biométrica e fitossociológica das samambaias arborescentes provenientes de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista na Floresta Nacional de Irati. Foram avaliadas 25 unidades amostrais de 500 m² cada, distribuídas sistematicamente dentro de parcelas permanentes de 25 hectares instaladas em 2002 na FLONA de Irati em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista sem intervenção antrópica nos últimos 70 anos. Foram mensuradas e identificadas todas as samambaias arborescentes acima de 1,3m de altura, tomando medidas do CAP com fita métrica e altura total com régua telescópica. Foi realizada coleta de material botânico e tombado no Herbário da Universidade Estadual do Centro-Oeste, Campus Irati. Foi realizada cubagem rigorosa não destrutiva por Smalian. Para a modelagem foram ajustados 15 modelos hipsométricos para D. sellowiana e 16 modelos volumétricos para A. setosa e D. sellowiana. Foram calculados parâmetros fitossociológicos de dominância, densidade e frequência em valores absolutos e relativos, além do índice de valor de importância. No total, foram mensurados 1831 indivíduos das quatro espécies sendo 1682 de A. setosa, 26 de C. phalerata, 3 de C. corcovadensis e 120 de D. sellowiana, com DAP variando entre 6,5 e 60,2 cm e altura total variando entre 1,3 e 8,7 m. Para A. setosa não existe relação hipsométrica e o modelo volumétrico escolhido estimou 50,5 m³/ha e para D. sellowiana existe uma fraca relação hipsométrica e seu volume total foi estimado em 22,21m³/ha e volume comercial 10,5 m³/ha. Nos parâmetros fitossociológicos A. setosa apresentou o maior VI (93,46), a maior densidade (1345,6 indivíduos/ha) e uma das maiores frequências. D. sellowiana apresentou a terceira maior dominância (5,98m²/ha). O modelo hipsométrico mostrou-se adequado para as estimativas para D. sellowiana e os modelos volumétricos mostraram-se eficientes para estimativas com as duas espécies. A. setosa e D. sellowiana destacaram-se nos parâmetros fitossociológicos, porém C. phalerata e C. corcovadensis não se destacaram nos parâmetros fitossociológicos.