Determinação de variáveis dendrométricas de Eucalyptus urograndis com dados LiDAR Aerotransportado

Caciane Peinhopf

Defesa Pública: 19 de dezembro de 2012

Banca Examinadora:

Prof. Dra. Christel Lingnau – UFPR – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Marcos Benedito Schimalski – UDESC – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Este trabalho teve como objetivo comparar parâmetros biofísicos de um povoamento de Eucalyptus urograndis obtidos em inventário florestal convencional com aqueles derivados de perfilamento a LASER Aerotransportado, com densidades de pontos LASER de 5 e 10 pontos/m². Os plantios florestais selecionados para este estudo se localizam no Vale do Paraíba, estado de São Paulo, pertencentes à empresa Fibria Celulose S.A. As parcelas amostradas no decorrer do inventário florestal são de caráter temporário, de forma circular com raio de 11,28 m e área aproximada de 400 m². A área foi sobrevoada entre os meses de janeiro a março, para aquisição da varredura a LASER com densidade de 5 e 10 pontos/m², respectivamente, além de simultânea aquisição de fotografias aéreas. Na análise dos parâmetros biofísicos, a altura total das árvores foi obtida com os dados LiDAR a partir da diferença entre os pontos que compunham a nuvem de pontos representativa do terreno e o ponto mais alto, visualmente determinado em uma área de pontos que representam a copa. Os diâmetros e volume foram estimados em função da altura, com modelo ajustado a partir de dados de campo. As médias das alturas, diâmetros e volumes obtidos nos povoamentos com variação de idade entre 3 a 8 anos de idade, derivadas das informações de campo e comparadas com os dados extraídos do LiDAR, foram comparados com o teste de Dunnett (α ≤ 0,05). Os resultados indicam que as médias de altura, diâmetro (DAP) e volume obtidos com dados LiDAR, em geral, apresentaram resultados estatisticamente iguais aos dados obtidos em campo, exceto para o povoamento com idade maior para esta área de estudo (8 anos). Por outro lado, os erros médios obtidos ficaram entre 3,97 a 12,77%; 4,54 a 20,89% e 14,46 a 59,26%, respectivamente para a altura, DAP e volume. Os dados LiDAR de densidade 10 pontos/m2 apresentou erros médios inferiores que a densidade 5 pontos/m2 . Os desvios entre os dados obtidos pelo LiDAR em relação àqueles de campo apresentaram uma boa correlação com a idade, indicando que essa variável pode ser mensurada por meio desta tecnologia. Entretanto, esses mesmos desvios não tiveram qualquer correlação com a declividade, indicando que esta variável parece não afetar a altura medida com dados LiDAR. Em síntese, há possibilidade de aplicação da técnica LiDAR para o inventário e monitoramento florestal, maximizando a acurácia e minimizando a coleta de informações básicas do povoamento pelo método tradicional, ainda necessário para ajuste de equação diamétrica e volumétrica.

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