Qualidade de painéis de madeira compensada fabricados com lâminas de Eucalyptus saligna, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus urograndis
Sandra Kazmierczak
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Defesa Pública: 27 de agosto de 2012
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Banca Examinadora:
Prof. Dr. Celso Edmundo Foelkel – Pesquisador – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Roberto Pedro Bom – UNIUV – Segundo Examinador
Prof. Dr. Éverton Hillig – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora
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Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo analisar a qualidade de painéis de madeira compensada produzidos com lâminas de madeira das espécies Eucalyptus saligna, Eucalyptus dunnii e do híbrido Eucalyptus urograndis, em diferentes composições, como alternativa de uso dessas espécies, buscando melhor qualidade quanto às propriedades físicas e mecânicas dos painéis fabricados. Para avaliação da qualidade e de suas propriedades físicas e mecânicas, foram produzidos painéis com dimensão de 500 x 500 x 14 mm, compostos por sete camadas de lâminas. O adesivo usado foi à base de fenol-formaldeído (FF) com teor de sólido na batida de cola de 28%, 32%, 36% e gramatura nominal de 360 g/m² em linha dupla. A prensagem dos painéis foi realizada em prensa de prato maciço com temperatura de 130°C, 12 kgf/cm² de pressão e tempo de prensagem de 15 minutos. Foi analisada a massa específica, a umidade de equilíbrio, a absorção de água, o inchamento em espessura, o cisalhamento da linha de cola, o MOR e o MOE à flexão estática. As análises permitiram avaliar o efeito da utilização da madeira de Eucalyptus saligna, Eucalyptus dunnii e Eucalypus urograndis na fabricação dos painéis de madeira compensada, utilizando diferentes proporções na batida de cola e diferentes composições de espécies. Os resultados foram também comparados aos requisitos das normas ABNT 31:000.05 (2001), European Standard EN 314-2 (1993) e Deutsches Institut für Normung – DIN 68792 (1979). Para as propriedades de absorção de água e inchamento em espessura, as três espécies apresentaram valores superiores aos exigidos pela norma. Os valores das propriedades de cisalhamento da linha de cola, MOR e MOE foram superiores para painéis de Eucalyptus saligna e quando em misturas com lâminas das madeiras de Eucalyptus dunnii e Eucalyptus urograndis. Para os painéis de Eucalyptus dunnii verificou-se menores valores de propriedades mecânicas, com tendência de aumento quando em misturas com lâminas das demais espécies. Pode-se concluir que os painéis produzidos com lâminas de Eucalyptus saligna e de Eucalyptus urograndis apresentaram bons resultados tanto no uso individual como em mistura com outras espécies, classificando seu uso para construção civil.