A Realidade Oculta

A Realidade Oculta

Autor: Brian Greene.

Ano de publicação: 2010.

Gênero: Divulgação cientifica. 

   Tudo estará girando e apenas uma tênue luz vermelha piscando afastara a fria escuridão que o cerca, a qual será abruptamente rompida pela luz azulada entrará pela escotilha de sua nave e delineará  o  rosto de outro ser humano, tão assustadoramente igual ao seu, com exceção das orelhas proeminentes de guaxinim… mas antes que seu capitão espacial continua-se a falar sobre como chegar em outro universo, ou desse sonho maluco acabar , você pergunta a ele “ mas o que garante que multiversos existam?’

   Ao defrontar-se com essa prosaica pergunta, Braian Greene submerge nos mais tortuosos e profundos caminhos da física teórica e da matemática e chega à conclusão que… NADA GARANTE! Mas a ideia arraigada em muitos imaginários, que multiversos tecem o tecido da realidade, não é descartada, afinal, não garantir não significa que são proibidos, afinal elas mesmas (leis físicas e matemáticas) os possibilitam.                                                        

   Um cosmo infinito, campos quânticos provedores da anti gravidade, realidades presas em “fatias de pães” que geram universos quando colidem, incertezas quânticas, hologramas provenientes de buracos negros, conceitos absurdamente estranhos e incomuns, como a famigerada e controversa teoria das cordas, são evocados como alguns dos pilares que sustentam o multiverso. Se transcendêssemos os limites da nossa imaginação poderíamos, mediante a física e matemática, demonstrar que multiversos existem dentro de outros multiversos, que pedaços de pães existem dentro de queijos suíço- analogias às multiversos provenientes da teoria das cordas e na expansão inflacionária, respectivamente.  

   Indo além da própria existência desse aglomerado de multiversos, Brian Greene instiga a imaginação do leitor a outro patamar ao propor métodos para criarmos nossos próprios universos. Tecnologias que comprimam matéria em pontos ínfimos no espaço, ou programas computacionais que simulassem desde o movimento de um grão de areia no vento da paira a consciência humana, são algumas das formas de fazê-lo.

   A euforia, vibração, espanto e a mescla de todos esses sentimentos fluindo enquanto cada parágrafo, ou melhor, cada linha que é lida e cada modelo de multiverso explicado de forma magistral, entretanto, é acalentado pelo próprio autor ao relembrar a nossa atual incapacidade observacional, experimental e tecnológicas para a comprovação desses modelos.

   A inquietude e desolação proveniente dessa pontuação, entretanto, proporciona reflexões acerca do limite que podemos alcançar em nosso entendimento sobre a realidade, afinal, podemos estar vivendo a centímetros de outros universos, mas sem nunca os senti-lo, ouvi-los ou vê-los, ou melhor, será que algum dia os veremos ou ao menos comprovaremos que eles existem. Quanto a isso, como comentou Brian Greene, apenas o esforço de inúmeras mentes brilhantes, junto de anos de pesquisas nos responderão. 

Autor da resenha: Gabriel Vinicius Mufatto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *