VOCÊ SABIA?

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A ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, possui um dos maiores genomas conhecidos entre os fitopatógenos com aproximadamente 1,057 Gb de informações, um valor semelhante ao encontrado na cultura da soja (Glycine max). Durante os anos de 2019 e 2021 foram obtidos sequenciamento de 3 genomas pertencentes a essa espécie.
Com o conhecimento do genoma foi possível determinar genes com capacidade de mudar de posição na cadeia genétíca, o que confere ao patógeno a habilidade de se adaptar ao ambiente e resistir aos métodos de controle.
A comparação do genoma de referência com o encontrado em outras espécies de fungos fitopatogênicos possibilita também a determinação de “famílias” de genes exclusivos, os quais podem indicar a alta adaptabilidade do parasitismo.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja, o conhecimento desses genes são importantes para criação de novas estratégias de controle, como o silenciamento gênico ou o RNA de interferência, comprometendo o metabolismo do fungo.
Outra descoberta importante foi resultado da análise do DNA da soja, onde foi observado que o fungo inibe a síntese de uma proteína relacionada à defesa imunológica da planta. O estudo das variações do gene que confere a produção dessa proteína possibilitou a diferenciação das cultivares resistentes à ferrugem asiática daquelas suscetíveis. Essa diferenciação possibilita a utilização de um marcador genético para a criação de novas cultivares resistentes nos programas de melhoramento, como o observado com a tecnologia Shield.

Para mais informações: https://www.canalrural.com.br/projeto-soja-brasil/genoma-ferrugem-asiatica-soja-agressividade-fungo-embrapa/

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