Figura 1: Reconstrução artística de um mesossauro. Ilustração: Nobu Tamura; via Wikimedia Commons.

 

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A espécie mais comum de mesossaurídeo no Estado do Paraná é denominada de Mesosaurus tenuidens. Estes animais atingiam um pouco mais de 1 metro de comprimento, apresentavam o corpo longo e esguio, com uma longa cauda utilizada como órgão propulsor, mãos e pés dotados de membranas interdigitais, cabeça pequena e afilada com boca munida de longos e finos dentes para captura de pequenos crustáceos.

 

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Por ocorrerem tanto na América do Sul como na África, eles foram um dos primeiros fósseis utilizados como evidência de que a América do Sul esteve ligada à África (teoria da Deriva Continental).

O primeiro fóssil deste animal foi localizado em 1864 ao sul da África pelo pesquisador Paul Gervais. Edward Drinker Cope realizou em 1886, tomando por base fósseis coletados por Orville Derby no estado de São Paulo, a descrição da espécie Stereosternum tumidum.

 

Figura 2: (Esq.) Tabela mostrando as eras e períodos geológicos da Terra, com destaque para o período Permiano. (Dir.) Uma reconstrução artística do mesossauro em vida, além de uma foto de traços fósseis destes animais. Imagens via https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/45931/Fosseis%20do%20Parana.pdf?sequence=1&isAllowed=y

 

Embora a denominação “Mesosaurus brasiliensis” tenha se consagrado a partir da descrição feita em 1908 por Mac Gregor, estudos recentes dão conta de que esta espécie se trata da mesma Mesosaurus tenuidens, descrita em 1865 por Paul Gervais.

 

A Deriva Continental

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Figura 3: A distribuição de fósseis corresponde ao longo da “junção”.

 

As principais evidências da Deriva Continental:

Figura 4: Os fósseis das mesmas espécies de organismos extintos são encontrados em continentes diferentes, algo que só seria possível se, no passado, eles estivessem unidos.

 

Figura 5: As rochas encontradas nas bordas dos continentes africano e sul americano são do mesmo tipo, indicando uma origem semelhante (Esq.). Também nota-se as evidências de glaciações antigas em diferentes continentes (Dir.).

 

Figura 6: Observa-se um “encaixe” entre a América do Sul e a África baseada nos formatos desses continentes.

 

 

 

Fontes:

1. http://sigep.cprm.gov.br/sitio010/sitio010.pdf

2. https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/45931/Fosseis%20do%20Parana.pdf?sequence=1&isAllowed=y

3. https://www.cprm.gov.br/publique/media/gestao_territorial/geoparques/coluna_white/mesossaurus.html

4. https://www.ige.unicamp.br/geoideias/wp-content/uploads/sites/20/2015/06/91_Wegener_pt.pdf

 

Acadêmicos responsáveis: Alberto Marques Pilati, Ana Flávia Tractz da Luz, Antônio Correa da Silva Filho, Eziel Jonh de Oliveira e Luana Cheliga de Souza.