Quando uma criança ou adolescente entende o quanto custa parcelar uma compra, quanto ela compraria a mais se guardasse o dinheiro para utilizar depois, a importância da poupança no curto, médio e longo prazo, entre outros conceitos, ela já começa a se preparar para gerir de forma mais adequada seus rendimentos futuros. Se tivéssemos ensino econômico nas escolas e colégios, talvez não fossemos tão reféns da noção pobre de que economia trata-se apenas de PIB, inflação, dólar e bolsa de valores. Em um ambiente familiar, jovens com instrução orçamentária doméstica poderiam fornecer à família um maior nível de planejamento, menor endividamento e maior consciência de crédito. Assim, o conhecimento básico de economia deve fazer parte da cultura geral de cidadãos bem-informados, contribuindo para capacitá-los a tomar decisões mais apropriadas no seu dia-a-dia, em relação às suas compras diárias, à alocação do seu tempo e de sua renda, ou mesmo em relação às escolhas de seus representantes políticos, que sempre apresentam plataformas sobre o que, quanto e como gastar o orçamento público. Deste modo, propostas malucas de campanha seriam mais facilmente rechaçadas, ações governamentais para estímulo seriam melhor recebidas e enganos de planejamento seriam rebatidos. Desta forma, toda decisão que envolve benefícios e custos, é, por natureza, uma decisão econômica. Se a escola quer mesmo preparar o aluno para um mundo fora de seus muros, nada mais lógico do que oferecer a cada criança as orientações necessárias para saber administrar com consciência o seu próprio dinheiro, pois estas orientações as farão mais responsáveis e conscientes no exercício da cidadania. Portanto, o projeto trabalhará com as crianças e adolescentes do ensino fundamental e médio, chegando aos pais destes alunos.

 

Equipe:

Marcelo Vargas (coordenador);