Projeto da USF gera emprego para associação de vendedores ambulantes de Pontal do Paraná

Projeto da USF gera emprego para associação de vendedores ambulantes de Pontal do Paraná

A Associação de Vendedores Ambulantes de Pontal do Paraná (Avapar) é uma das beneficiadas de um dos novos projetos do Programa Universidades Sem Fronteiras (USF). A iniciativa “Nossa Praia Mais Limpa e Sustentável” nasceu na Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Campus de Paranaguá, mas atua no município de Pontal do Paraná, a 27 km de Paranaguá e a 102 km da Capital do Estado, Curitiba. Lançado em junho passado, o projeto Nossa Praia mais limpa e sustentável está estimulando fundação de uma cooperativa do beneficiamento da casca de coco em Pontal, além da operar para conscientização da comunidade e, ao mesmo tempo, a geração de uma fonte de renda alternativa aos trabalhadores ambulantes.

Marcelo José da Silva, 43, coordenador da Avapar, explica que além de ajudar nas limpezas das praias, o projeto trouxe uma forma sustentável de gerar renda extra para as pessoas do literal do Estado. “Não é só para nós, ambulantes, que o projeto é bom, mas como para o município também, e nos esperamos que haja maior colaboração do prefeito e dos vereadores da cidade”. O projeto trabalha a partir dos resíduos de coco, e por meio do produto descartado no município, busca capacitar os vendedores ambulantes, além de transforma-lo em outros produtos. A AVAPAR atualmente conta com 400 associados.

Os participantes do projeto são bolsistas graduando e recém formados da Unespar. Thyago Ramos, 24, bolsista e recém-graduado em Biologia, enfatiza o benefício sustentável da iniciativa, uma vez que a casca do coco verde é triturado e transformado em fibra de coco, que posteriormente, terá fins adequados e sustentáveis. “O reaproveitamento da casca de coco verde é foco do projeto, atualmente este produto tem sido alvo de descarte inadequado, se tornando assim um problema ambiental. O reaproveitamento não só contribui para o meio ambiente, mas como é uma fonte de renda alternativa para os vendedores ambulantes da região”. Segundo a Associação de Coleta Seletiva de Pontal do Paraná, na temporada de 2016 e 2017 foram recolhidos de 5 a 7 mil quilos de casca de coco, em um período de 45 dias. Dados do Plano de Gestão Integrada de Resídios Solidos de Pontal do Paraná, mostram que os resíduos geram em torno de 100 toneladas durante a temporada. Esses resíduos são processados, o quilo da fibra do casca do coco pode ser vendida por 30 reais o quilo.

Jéssica Vilella, 29, é bolsista e recém graduada em Administração, destaca que além dos benefícios ambientais e socioeconômicos, o projeto é uma oportunidade de vínculo entre a academia e a sociedade, atuando de forma pratica e eficaz para com problemáticas sociais. “Ao promovermos o projeto, estamos indo mais a fundo na real situação sobre os impactos ambientais que a casca do coco causa ao relevo pontalense, através de um conhecimento real, da situação da sociedade vulnerável que ali habita e um conhecimento que viabiliza a relação transformadora entre sociedade e universidade e vice-versa”.

Coordenado pelo professor Sebastião Cavalcanti Neto, do departamento de Administração da Universidade Estadual do Paraná.

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