
Núcleos Maria da Penha de Guarapuava e Irati lançam material sobre assédio
Uma escala que indica o que pode ser considerado normal e o que já é enquadrado como assédio em uma situação de aproximação entre pessoas: esse é o Assediômetro, material desenvolvido a partir de diálogos entre o Numape – Florescer (Guarapuava) e o Numape de Irati, ambos vinculados à Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A ideia surgiu a partir da ocorrência de três casos de assédio pós-festas, em julho passado, na cidade de Guarapuava. Ao perceber a semelhança entre os casos, os Numapes (Núcleo Maria da Penha) decidiram realizar a confecção do material de conscientização.
O assediômetro tem sido compartilhado com todos os outros Numapes do Estado e sua divulgação se dá tanto por meio digital, como por cartazes e folhetos, distribuídos nos mais diferentes lugares das regiões Centro e Centro-Sul do PR. Todos os Núcleos Maria da Penha desenvolvidos pelas Universidades Estaduais do Paraná fazem parte das mais de 100 propostas aprovadas no último edital do Universidade Sem Fronteiras, e são financiados com recursos obtidos por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, a Seti/PR. Além de Guarapuava e Irati, há Numapes nos municípios de Maringá, Londrina, Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão

O material foi compartilhado com os outros Numapes do estado. Imagem: Divulgação Numape Florescer e Numape Irati.
Segundo a coordenadora do Numape – Florescer, professora Ariane Pereira (Departamento de Comunicação Social), o material é fundamental para contribuir na prevenção: “Nós entendemos que o assédio não ocorre apenas em festas e baladas; locais de trabalho e de estudo são locais potenciais também. Assim, nosso objetivo é despertar as mulheres para que se reconheçam como vítimas da violência, o que não é uma tarefa fácil”, explica.
Para a coordenadora do Numape Irati, professora Katia Alexsandra dos Santos (Departamento de Psicologia), a campanha tem importância chave nas próximas ações desenvolvidas pelo projeto: “Estamos iniciando atividades em bares e baladas, chamando a atenção para a questão do assédio. Trata-se de um material simples, de linguagem acessível e bastante ilustrativo do que pode ser considerado cantada, paquera, e do que passa a ser assédio e, portanto, crime. Estamos com intervenções nesses locais, distribuindo panfletos e conscientizando acerca da temática”, reitera a docente.