
UENP atende crianças com dificuldades de leitura em Cornélio Procópio
Atender de forma individualizada crianças da rede municipal com dificuldade acentuada na leitura: é esse o objetivo do projeto “Laboratório de Atendimento Psicopedagógico Para Crianças com Dificuldades de Leitura”, coordenado pela professora Marília Bazan Blanco, do Centro de Ciências Humanas e da Educação da Universidade Estadual do Norte do Paraná, UENP. A iniciativa é uma das mais de 100 que têm sido financiadas em todo o Estado pelo Programa Universidade Sem Fronteiras (USF), vinculado à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti/PR).
O programa funciona com uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação, responsável por indicar as escolas em que o projeto está sendo desenvolvido. Atualmente, o atendimento é realizado em quatro colégios municipais (Comendador Gino Azzolini, Angelo Mazzaroto, Alice Correia Diniz e prof. Yolanda Gonçalves Correia), recebe 16 alunos, que possuem de 8 a 13 anos e que estão nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
O principal diferencial da proposta é que o atendimento a estes estudantes é realizado de forma individual, para que cada caso seja tratado de maneira específica. De acordo com a coordenadora, eles passam por uma avaliação psicopedagógica, realizada por uma bolsista recém-formada em Psicologia, Michele Costa de Souza, e somente após a discussão sobre o caso é que as atividades com essa criança tem início: “Cada caso possui uma metodologia de trabalho mas, no geral, nós procuramos utilizar materiais de alfabetização manipuláveis, para estimular essa criança, além da promoção de atividades mais lúdicas”, explica a professora.

A equipe se reúne para discutir os métodos que serão utilizados no atendimento de cada criança. Foto: Jasmine Horst
Para a estudante de Pedagogia e bolsista do projeto, Tatiana Carnelozzi, a importância da proposta consiste em ter contato com os desafios da prática da profissão: “é uma experiência muito rica, mas também muito complexa. O projeto nos permite atuar na área, mesmo estando na graduação. Então a gente acaba tendo contato com casos reais, não ficamos apenas na teoria de sala de aula”.
Além desse atendimento aos alunos, a proposta também tem por objetivo formar um curso de capacitação de professores da rede municipal, para discutir a melhor forma de ensino da leitura para crianças que possuem essas dificuldades. A previsão é de que essa capacitação ocorra no início de 2018, com os professores dos colégios atendidos pelo projeto. Até lá, a ideia é que o grupo se reúna semanalmente para discutir as melhores formas de incentivar a aprendizagem desses alunos, além de estudar a melhor forma de preparar os profissionais da educação municipal para trabalhar com esses casos.
Saiba mais sobre esse projeto e outras iniciativas do USF em www.unicentro.br/midiaememoriasemfronteiras.