
Teatro leva Filosofia à comunidade
Levar a Filosofia aos jovens de uma maneira diferenciada e descontraída, tendo como ferramenta principal o teatro, é o objetivo do projeto ‘Teatro em Ação’, desenvolvido na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo. A proposta foi uma das mais de 100 aprovadas em recentes editais do Universidade Sem Fronteiras (USF) e é financiada com recursos obtidos por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, a Seti/PR.

Participantes ensaiam para as apresentações nas escolas (Foto: André Justus)
Ao longo de 2017, a equipe do Teatro em Ação pretende desenvolver atividades com os jovens da Educação Básica, tanto por meio das escolas públicas como através de espaços comunitários, como associações de bairros e Centros da Juventude. Tais atividades, explica a formanda Patrícia Martins, 25 anos (do curso de Filosofia da Unioeste), pretendem complementar não apenas o trabalho docente realizado nas aulas de Filosofia mas também as ações de outras disciplinas, além de tratar de temáticas relacionadas com a realidade do público alvo, dentre elas diversidade étnico-cultural e de gênero, cidadania e inclusão social. Para tanto, há uma preparação do grupo, composto por coordenadores, bolsistas e voluntários, que se reúnem dentro da própria Universidade para fazer leituras dramáticas de peças teatrais, para consequente encenação à comunidade.
Patrícia afirma que os temas das oficinas serão decididos a partir do contato com o público. “Dependendo da resposta que obtivermos, iremos nos adaptando, nós temos uma programação, mas tudo vai depender do que os jovens querem discutir. Podemos falar sobre Política, sobre questões existenciais, estamos com a mente aberta”, explica.
Um dos coordenadores do projeto, professor Fábio Silva (Departamento de Filosofia), comenta que o Teatro é um eficaz e atrativo modo de abordar temas da Filosofia que despertam reflexões críticas. “O Teatro estava adormecido há algum tempo aqui na Unioeste de Toledo. Assim, vimos que poderíamos dar uma guinada no teatro amador e, ao mesmo tempo, tratar de questões filosóficas, que normalmente não são fáceis de se falar com jovens, que têm uma ideia muito quadrada da Filosofia, de algo que é muito distante da realidade deles”, finaliza.
Por Jasmine Horst / Mídia e Memória Sem Fronteiras