História, memória e espaço público em (dis)curso.
“A mesa propõe-se a pensar no peso da história na constituição da memória e dos museus, colocando em suspenso os modos de saturação da memória e as formas como são criados os museus. A relevância desse enfoque está no fato de que há muitos museus cumprindo a função de ‘apagar’ ou minimizar as atrocidades e crimes ocorridos, especialmente, nas guerras. Devido a nossa inscrição na Análise de Discurso elegemos como fio condutor das discussões os processos discursivos que instauram efeitos para o (dis)curso, como transcurso, como diz Orlandi (2002) “a palavra em movimento”. Vamos discutir um dos problemas recorrentes em relação a museus e à construção de arquivos: a saturação da memória, em que os museus e os arquivos perseguem a totalidade – impossível de ser alcançada em qualquer perspectiva – e menos ainda quando lemos esses espaços a partir da Análise de Discurso – que concebe o sujeito como sempre dividido e, a língua permeada pela possibilidade de os sentidos sempre serem outros.”