Até onde os olhos podem tocar

Os trabalhos propostos para a Mostra de Arte 2021, da UNICENTRO, versam sobre a invisibilidade que as camadas vulneráveis da sociedade sofrem e estão acometidas. Proponho pela prática da pintura, dar voz àqueles que não mais tem, fazendo isso através de retratos e minúcias, dando visibilidade às pessoas que vivem em situação de rua, catadores de material reciclável e ambulantes, muito presentes em nosso cotidiano. Gilmar acena para o espectador, com um sol que bate forte em seu rosto. Um corpo dorme isolado em um não-lugar. Uma mão que segura um pedaço de carne. A pesquisa embasa-se através de escritos de Michel de Certeau e Paola Berensein Jacques sobre o cotidiano e suas possibilidades, Jacques Ranciére e Nicolas Bourriaud sobre uma possível estética que atravesse o outro, fazendo não somente dele obra, mas também parte da arte proposta. Junto a isso, alinham-se outras pesquisas pictóricas que auxiliam o artista, tais como Hélio Oiticica, Éder Oliveira, Liu Xiaodong, artistas que em suas práticas lançam o olhar às minorias e aos apagamentos.

Palavras-chave: Pintura. Arte Contemporânea. Cotidiano.

 

Autor: Matheus Guilherme de Oliveira

 

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