Por que as aves veem tudo melhor
O presente trabalho é caracterizado por registros fotográficos de algumas das intervenções urbanas denominadas “Por que as aves veem tudo melhor” que ocorreram na cidade de Guarapuava, no decorrer do ano 2020 e 2021. Estas ações são um desdobramento das primeiras experimentações com colagens (Série Intrínseco) com o objetivo de diluir a aura de obra […]
Por que as aves veem tudo melhor
O presente trabalho é caracterizado por registros fotográficos de algumas das intervenções urbanas denominadas “Por que as aves veem tudo melhor” que ocorreram na cidade de Guarapuava, no decorrer do ano 2020 e 2021. Estas ações são um desdobramento das primeiras experimentações com colagens (Série Intrínseco) com o objetivo de diluir a aura de obra […]
Por que as aves veem tudo melhor
O presente trabalho é caracterizado por registros fotográficos de algumas das intervenções urbanas denominadas “Por que as aves veem tudo melhor” que ocorreram na cidade de Guarapuava, no decorrer do ano 2020 e 2021. Estas ações são um desdobramento das primeiras experimentações com colagens (Série Intrínseco) com o objetivo de diluir a aura de obra única e autoral e reconhecer o trabalho como parte ativa de um aglomerado de imagens que foram apropriadas e ressignificadas. O processo de criação das obras leva em consideração o que disserta Nicolas Bourriaud em seu livro “Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo”, de 2009, sobre uma atitude presente na arte contemporânea de recorrer a formas já produzidas e inseri-las em uma nova rede de significação, não mais as considerando autônomas ou originais e assumindo a postura que a arte contemporânea pode recorrer às imagens e obras já produzidas para recontextualizá-las e renovar seu processo de significação. Mais do que simplesmente utilizar obras de outros artistas como elemento constitutivo das produções, o conceito de pós-produção abarca todas as produções da cultura: desde imagens a sistemas. É justamente nesse percurso de recontextualizar as imagens impressas em desuso e se apropriar do sistema de significação comum na cidade que a série de ações denominada “por que as aves veem tudo melhor” se encaixa. Os trabalhos, que estruturalmente eram formados por colagens analógicas digitalizadas e transformadas em adesivos de vinil, possuíram a postura de recorrer a formas já existentes em suas duas etapas: Primeiro, na apropriação de imagens fotográficas e textos de materiais impressos inertes, e segundo, no uso do sistema imagético dos centros urbanos onde imagens e textos vinculados são utilizados nas superfícies da cidade com fins publicitários. Ao todo foram aplicados na cidade 50 pássaros, que além do já mencionado, buscaram criar tensões no cenário urbano e nas relações dos transeuntes com o espaço.
Palavras-chave: Intervenção Urbana, Pós-Produção, Arte e cidade
Autor: Cristhian Lucas