A Sociedade

Uma sociedade é composta por um grupo de pessoas que convivem no mesmo espaço, porém na sociedade em que vivemos somos um grande grupo dividido em três subgrupos que fazem com que a sociedade funcione como um todo visando um modelo capitalista, que devasta alma e sonhos. O objetivo do trabalho se baseia em uma crítica sinuosa, que perpassa por lugares que os espectadores muitas vezes não percebem, no intuito de acordá-los deste coma induzido. Os subgrupos são eles, os detentores do capital, dos meios de produção, das estruturas que alicerçam vidas de milhares de pessoas e que nada mais é, que a classe dominante, que domina, que não afaga e nem acaricia, muito pelo contrário, que mata. Por mais que sejam o subgrupo com menos pessoas, são os que mais adquirem poder na sociedade e o utiliza para se manterem em dominância e permanentes. O proletariado que detém a força de trabalho, a mão suada, calejada, amortecida e desfavorecida. Que a todo custo é mantida em uma alienação dormente, recortada e sem perspectivas de melhora. Na obra, a intenção é mantê-la a mostra, demonstrando seu poder e sua verdadeira força, afim de que o espectador se relacione, se comova, se envolva e tome consciência de sua classe. E os que vivem em extrema pobreza, muitas vezes esquecidos pelos demais na sociedade neles se enquadram. Moradores de rua e famílias que vivem no mapa da fome, subnutridos e com uma vulnerabilidade múltipla. Na obra são representados por um emaranhado, sem fim, remetendo a dificuldade que se tem de sair da situação de pobreza extrema. A obra não possui intuito de estar encerrada, acabada ou até mesmo dada como padrão, e sim ser fonte de referência visual para aqueles que precisam de um respiro ao entenderem que todo sofrimento do proletariado e dos marcados pelo mapa da fome, saibam que não estão solitários. A luta permanece intacta e soberana. Sempre.

Palavras-chave: Processo Criativo. Sociedade. Capitalismo.

Autor: Luis Rodrigo do Pilar; Graziella Medeiros Guadagnini