Investigação, democracia e comunicação marcam abertura do Intercom Sul 2023

Investigação, democracia e comunicação marcam abertura do Intercom Sul 2023

O maior congresso da região sul do Brasil teve início na manhã desta quinta-feira (08), em Guarapuava. Reunindo aproximadamente 900 congressistas de todos os estados do sul do Brasil, o evento é uma oportunidade para o compartilhamento e troca de conhecimentos na área de comunicação. Estudantes de graduação, pós-graduandos, docentes, profissionais e comunidade em geral seguem com atividades no Expocom, Intercom Junior, Divisões Temáticas, Oficinas e Minicursos até o próximo sábado (10).

“Aqui nós construímos uma parte importante da nossa carreira e da nossa vida profissional. Foi nos congressos da Intercom que eu conheci as minhas melhores parceiras de pesquisa e de publicação”, destacou a Diretora regional Sul, professora Cristiane Finger.

Momentos como o citado pela diretora fazem parte das memórias dos congressistas que participam do Intercom Sul. E para recepciona-los de maneira mais festiva, a cerimônia de abertura também contou com a presença da Orquestra Filarmônica Lobo Guará, que tocou sinfonias inspiradas em clássicos desenhos infantis, além de canções brasileiras de diferentes ritmos.

 

Painel de abertura

O ponto mais aguardado da manhã foi o painel de abertura, com o tema “a investigação jornalística como ferramenta de transformação social”. No comando estavam a jornalista e presidente da Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, Kátia Brembatti e o podcaster e professor universitário, Ivan Mizanzuk. A mediação foi realizada pela Diretora Cultural da Intercom, Ariane Pereira.

No evento, a presidente da Abraji explicou a ligação entre a democracia, funcionamento da imprensa, uso do poder estatal para o controle de narrativas e a proposital desumanização de comunicadores e da atividade jornalística vivida atualmente. “Da civilidade ao caos é um passo muito rápido. Jornalistas, comunicadores em geral têm um papel muito grande nessa área. E eles só vão conseguir exercer esse papel se eles conhecerem como isso funciona”, comentou.

Já Ivan Mizanzuk expôs um pouco da sua trajetória como comunicador e seu início no universo dos podcasts, além de narrar os desafios do jornalismo investigativo e curiosidades da reportagem sobre o caso Evandro, que ganhou notoriedade nacional. Para ele, congressos como o Intercom são um encontro de ideias. “Essa experimentação, esse momento que é tão criativo na formação de jovens, eu sou fascinado. Quanto maior for a sua experiência com pessoas de diferentes lugares, raças, orientações, designações e tal, melhor vai ser a sua visão de mundo”.

 

Próximos dias

Durante a tarde da quinta-feira, acadêmicos e recém-formados apresentaram trabalhos em 65 modalidades diferentes do Prêmio Expocom. Na sexta é a vez das apresentações de Intercom Junior e Divisões Temáticas. Para encerrar a noite, será realizada a conferência com o representante da área de comunicação do CNPQ e Coordenador do Comitê Assessor de Artes, Ciências da Informação e Comunicação do CNPQ, Juremir Machado da Silva. O tema será “Comunicação e políticas científicas: desmonte e reconstrução”. O painel será na sala de eventos com início é às 18h.

No sábado acontecem as oficinas e minicursos a partir das 8h, com inscrições gratuitas e por ordem de chegada. Ao meio dia começará a premiação dos melhores trabalhos do Expocom, no Auditório Francisco Contini.

 

Veja as fotos do primeiro dia de Intercom Sul aqui.

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