A dependência tecnológica nos faz perder relações

A dependência tecnológica nos faz perder relações

É comum que, pelo menos uma pessoa por residência, tenha um aparelho tecnológico. Vem se tornando corriqueiro que crianças possuam celulares, tablets desde muito pequenos. Ocorre que essa dependência tecnológica vem fazendo com que as pessoas não tenham mais relações presentes e se baseiem em tudo que está nas redes.

A respeito dessa dependência da exposição, os famosos também são cobrados todos os dias. O que estão fazendo? O que estão comendo? Estão saindo com alguém? E são julgados, xingados, expostos se fazem algo que desagrada seus seguidores. E, assim como pessoas que os seguem possuem problemas, eles também. Um caso recente é do ator Tom Holland, que decidiu sair das redes sociais para cuidar de sua saúde mental, pois começou a senti-las como opressoras. Ele argumenta que ler comentários online a seu respeito tornou-se prejudicial ao seu estado de saúde mental. Entre os milhões de seguidores que o adoram, existem os que criticam, xingam, estão nas redes apenas para espalhar assuntos negativos.

As pessoas se tornaram tão dependentes das tecnologias que, desde comprar, se vestir, se portar, que lugares visitar, que programas realizar, são baseados em algo ou alguém que seguem. Se uma influencer disser que tal produto é bom, ninguém questiona, apenas compra sem saber qual o efeito daquela publicidade. Se uma roupa for usada por um astro de Hollywood, todos vão querer usar, isso não é de hoje, porém está mais intenso, visto que tudo que as pessoas fazem é exposto nas redes, de um simples café a uma cirurgia, tudo está postado, tudo pode ser visualizado.

Por que não conseguimos nos livrar dessa dependência, como o astro Tom Holland fez, visto que pode nos fazer mal? Por que continuamos seguindo pessoas e acessando o celular de cinco em cinco segundos, mesmo sem nenhuma necessidade? O mundo ideal que criamos na internet não existe, é uma fantasia. É lindo os vínculos que possuímos pelas redes, mas e as relações que valorizam a presença, as coisas simples, nossa saúde mental? Estamos nos esquecendo de nós mesmos ou nos tornando robôs que vivem conforme o que os outros ditam?

 

Texto: Bruna Carolina Guzzo

Edição: Anelize Pina Marques

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