FUCA: Singular
Acontecendo desde 2011, o FUCA (Festival UNICENTRO da Canção) iniciou apenas com a participação de pessoas da universidade e depois a categoria composição permitiu a inserção da comunidade. Isto fez o festival crescer cada vez mais e contribuir para um processo cultural dentro da UNICENTRO e fora dela.
Nesta edição de 2019, foram 19 apresentações na primeira noite de FUCA, 19 na segunda e 22 na terceira, nos dias 25, 26 e 27 de setembro (foto 04). O figurino FUCA é pensado por cada participante de uma maneira especial, que complemente sua música e o evento. Apesar da predominância musical ser o rock in roll, existe uma variedade de estilos que é notada também pela característica das roupas, o figurino vai tanto do casual que foi o caso de Odi Ramos, quanto ao alternativo como a proposta do Iago Albuquerque.
Dentro das vestimentas extravagantes, o participante Iago Albuquerque de 19 anos (foto 02 e 03), foi um dos destaques, o jovem acadêmico de Publicidade e Propaganda se vestiu todo de preto com uma camiseta transparente e por cima, um longo pedaço de organza da mesma cor. Iago afirmou que o traje tinha relação com a sua composição “Riptide” que fala de um amor não correspondido em uma analogia às ondas do mar, a organza deu a fluidez da água, e a cor preta a sobriedade de uma tempestade.
Um look moderno e deslumbrante foi o da Vitória Nerí (foto 01), 21, acadêmica de Letras, que cantou “A Change is Gonna Come” de Sam Cooke. O figurino foi composto por peças no tom de rosa, inclusive sua peruca. A produção foi motivada pelo filme “Meninas Malvadas”, onde a personagem Regina George declarava em frase icônica: “Às quartas feiras usamos rosa”. Assim Vitória o fez, chamando muito atenção em sua brilhante performance, com o público indo a loucura quando ela revelou essa referência ao Repórter FUCA, Victor Prado. A cantora destacou sua paixão pelo blues e sua inspiração, a artista Janis Joplin.
Na noite da final, Vitória apareceu com outro traje singular: uma peruca verde longa, vestido branco de bolinhas pretas, uma touca branca e óculos escuros (foto 06). A peruca, segundo Vitória, está relacionada com a simplicidade da qual a música interpretada fala.
Em contraposição, podemos observar o professor do departamento de História da UNICENTRO, Odinei Ramos (foto 05), 38, seu vestuário era formal e básico: camisa, calça e sapato social. Simples, porém elegante. Ele explicou que assim que escolheu a música Sangrando, de Gonzaguinha, para cantar no palco do Auditório Francisco Contini, pensou exatamente nessa roupa e saiu correndo procurar nas lojas de Guarapuava, achando que iria demorar a achá-la, entretanto foi bem mais fácil: “Encontrei na primeira loja que entrei”, disse ele. “Demorei uns cinco minutos, inclusive para experimentar” complementou.
Ariel Rodrigues, compositor (foto 07), ao cantar sua canção autoral “Curitibanos”, exibiu uma vestimenta alternativa que possuía desde quando morava em Curitiba. Ele comentou que participou da edição anterior do FUCA e gostaria de se destacar em meio aos estilos que sempre aparecem por ali. Além disso, o principal motivo, conforme Ariel, foi pela roupa ficar bem nele.
O figurino é, sem dúvida, um componente muito importante, tanto para conquistar o público, quanto para chamar a atenção dos jurados. Embora no FUCA predominar-se o rock, é possível notar uma variedade estilística entre os artistas e uma preocupação geral em como iriam subir ao palco. Portanto, qualquer um que foi assistir pôde deleitar-se com as apresentações de acordo com seu gosto musical ou com gêneros diferentes.
Texto: Maria Isabela Andrade e Luana Martins
Edição: Luana Martins