Viver no mundo online perfeito tem consequências reais?

O contato com telas, como: celulares, tablets e computadores; se tornou ainda mais constante no período de isolamento social com pandemia de Covid-19. Uma grande parcela de pessoas passou a trabalhar e estudar de casa, além de que, sem poder sair, os aparelhos eletrônicos faziam parte também dos momentos de lazer.

Hoje, a finalidade das tecnologias não é mais somente de entreter usuários, mas também um meio de trabalho, estudo, pesquisa e comunicaçãoNo entanto, para algumas pessoas, o contato com essas tecnologias deixa de ser um simples costume e gera dependência. Não conseguir ficar longe do celular é prejudicial à saúde física e mental.

O mundo online é muito diferente do real. Quase nunca precisamos lidar com sentimentos ruins, por exemplo, já que nas redes sociais existe um acúmulo de pessoas tentando mostrar vidas perfeitas. E por isso é tão prazeroso fugir para o digital querendo escapar do mundo tão difícil em que vivemos. 

Mas o problema começa quando a necessidade de estar conectado é tanta que a vida real deixa de ser vivida, trazendo consequências preocupantes. Dificuldade de foco, distanciamento social, aumento da procrastinação, rotina de sono alterada e o aumento de transtornos, como depressão e ansiedade, são alguns dos efeitos, físicos e psicológicos que a dependência tecnológica causa.

A dependência tecnológica não tem idade, pode começar muito cedo, como quando pais criam o hábito de entregar aparelhos eletrônicos para bebês e crianças para distraí-los. Adolescentes e adultos também usam as redes constantemente para se afastar de problemas e situações difíceis. A solução não é abandonar as tecnologias e viver totalmente desconectado, até porque essa é uma tarefa muito difícil. Quando esse costume se torna um vício, pode necessitar de ajuda de um profissional especializado para que seja curado.

As tecnologias têm a função de facilitar as nossas vidas e é isso que elas devem fazer. O equilíbrio é importante para que elas não se tornem um empecilho. Então a questão é: vale a pena adoecer física e psicologicamente em favor de viver em um mundo onde não há problemas na superfície? Não é melhor viver em um lugar onde as coisas são reais e, com os problemas expostos, é possível achar soluções? A fantasia da vida perfeita não existe fora dos contos de fadas, mesmo esses possuem histórias assustadoras por trás. O espaço online não é tão perfeito quanto parece, por que se prejudicar por ele?

 

Texto: Ana Lara Chagas Oliveira

Edição: Maria Isabela Andrade

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