Evitar o objetivo
É um jogo importante, na verdade todos são, e a responsabilidade que o goleiro tem em cada um deles é notável. Batel e Prudentópolis, torcidas, força, objetivo, são essas as definições do jogo de hoje, que exige esforço de cada um em campo. O chão está molhado, escorregadio e insiste em deixar escura as roupas do goleiro, o que mais cai, mas honradamente, defendendo o time inteiro.
O tempo está predominantemente nublado, nas poucas vezes que o sol aparece lá pelas 16h da tarde, pode-se ver sombras rápidas correndo. A sombra do goleiro também corre, ele acompanha os movimentos da bola, defende, comunica-se com os outros jogadores, tudo isso na sua área com 23 passos de limite. Num instante confuso, pênalti adversário. Todos sabem que nesse momento a confiança no defensor dobra de tamanho, percebe-se a apreensão no olhar dos jogadores, do técnico e da torcida. O momento é de expectativa, o céu vai ficando azul e os pássaros aparecendo, essa é a beleza de um jogo em estádio aberto. O juiz apita e os espectadores ficam tensos, apertam as mãos uma na outra, ora rezam ora choram. Vai defender ou não vai? Agora é a hora de saber. Sim, ele defende e os corações vibram aliviados.
Segundo tempo, os jogadores limpos destacam-se no espetáculo barrento. Mas barrento mesmo é o guardião da rede, o uniforme era branco, era. Se levanta de uma defesa e já faz outra onde desliza cerca de 3 metros no gramado. Ele é observador, mas não é sempre o observado, é o herói e o vilão ao mesmo tempo, é quem tem mais chances de falhar mas também é quem não falhou no jogo de hoje.
Crônica: Luana Martins
Edição: Luana Martins