Eutanásia: prática proporciona tratamento digno para pacientes em estado terminal

Acompanhar um paciente em estado terminal nunca foi uma tarefa fácil. Muitos familiares se veem perdidos, principalmente quando lidam com seus entes queixando-se das dores causadas por doenças ou pelo tratamento para conter seu avanço.

Nesses momentos, muitos doentes passam a se questionar sobre parar com os cuidados, abandonar os remédios e, em alguns casos, optar pela eutanásia.

Afinal, o que é eutanásia?

Eutanásia significa “boa morte” ou “morte piedosa”. Esse procedimento busca dar a alternativa ao paciente portador de alguma doença incurável de antecipar a morte. Quando praticado, o óbito é considerado digno para essa pessoa que escolheu não permanecer mais sentindo dor.

Atualmente, o procedimento pode ser classificado de variadas formas.

Na maior parte dos países essa prática é ilegal. Muitos profissionais da área da saúde se posicionam contrários. Para eles, tirar a vida de alguém, independentemente de qual seja o motivo, continua sendo assassinato. 

Já quem a defende a eutanásia, utiliza como argumento o fato de que topessoa deve ter direito de interromper a sua vida quando desejar. É claro, desde que apresente uma condição incurável e capaz de gerar dor para ele e para os demais com quem convive. Complementam ainda que não adianta o paciente ter direito à vida se ela não é mais digna e proveitosa ou se seu prolongamento trouxer mais dores e sofrimento, já que não há chances de cura.

Quer entender mais sobre o que os especialistas pensam sobre a Eutanásia? Confira logo abaixo na mesa redonda feita pelos alunos da Unicentro:

Mesa Redonda – Eutanásia

E quanto a permissão?

A permissão para realizar a eutanásia varia de acordo com cada país, porém, a maioria das legislações exige uma confirmação da condição irreversível da doença em questão. Também é preciso apresentar um documento assinado voluntariamente pelo próprio enfermo provando que ele sofre de dores fortes. Cada situação será acompanhada por uma comissão composta por médicos, juízes e psicólogos.

O Uruguai e a Colômbia são países que consentem com a morte assistida, não permitindo que seja culpado criminalmente quem a cometer. Porém, praticar eutanásia ainda não é legalizado nesses países. 

Por outro lado, na Bélgica e Holanda, a eutanásia é permitida, inclusive para crianças com idade acima de 12 anos. Para isso, todos os casos são julgados por um comitê médico.

Além deles, Suíça, França, Alemanha, Áustria e Luxemburgo também são adeptos a eutanásia. Nos Estados Unidos, atualmente, cinco estados autorizam o procedimento: Oregon, Washigton, Vermont, Montana e Texas. 

Situação brasileira

No Brasil, a eutanásia é ilegal e antiética, prevendo condenação de 6 a 20 anos de reclusão para quem for realizar ou participar indiretamente da eutanásia.

Por ser uma prática proibida, o governo investe em ações paliativas. Um desses exemplos é o programa Melhor em Casa, que funciona em Guarapuava. 

Texto: Bárbara Lopes (2022)