Palestra marca abertura da 2. Feira de Ideias Inovadoras

Auditório lotado para a palestra de abertura da Feira de Ideias Inovadoras (Foto: Márcio Nei dos Santos)

Fomentar a apresentação de ideias inovadoras de forma sistematizada, a fim de promover a cultura empreendedora e a criatividade com foco em inovação. Esse é um dos objetivos da 2. Feira de Ideias Inovadoras promovida sob a coordenação Incubadora Tecnológica da Unicentro. O evento está sendo desenvolvido em uma parceria entre a nossa Universidade, por meio da Integ (Incubadora Tecnológica de Guarapuava), o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a Prefeitura Municipal de Guarapuava, através do Laboratório de Ideias, a Acig (Associação Comercial e Industrial de Guarapuava) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
“A Feira de Ideias é uma iniciativa da Incubadora Tecnológica a partir de um convênio que nós temos com o Sebrae, mas é organizada com diversos parceiros. A proposta é mobilizar toda a comunidade acadêmica e também o meio empresarial, a sociedade, para que possamos discutir inovação”, esclareceu a coordenadora-geral do evento, Cláudia Crisóstimo.
A intenção do evento – que tem atividades nos meses de maio, junho e julho – é selecionar projetos em duas categorias. Uma delas é “Inovação Tecnológica”, destinada a projetos que tenham características tecnológicas inerentes e que sejam propícios para a criação de empresas emergentes, as startups. Já a categoria “Ideias Inovadoras” é destinada a apresentação de propostas de inovação em qualquer área do conhecimento. Todos os projetos serão avaliados por um comitê científico e empresarial.
“Essa visão da Acig, principalmente, é a visão do empresário, é a visão de mercado. Para que essas ideias possam se tornar realmente inovação, precisam ser executadas depois”, destacou Cláudia. Eloi Mamcasz, membro do Conselho da Acig e coordenador do Núcleo de Tecnologia e Informação, faz parte da comissão avaliadora e também apontou a importância da aproximar os projetos apresentados no meio científico e o setor empresarial. “São ações que sempre devem andar juntas para que os resultados aconteçam. Não existe uma pesquisa sem que ela tenha possibilidade de ser aplicada na prática, virar um negócio, gerar renda, gerar empregos, ou seja, é sempre importante pensar na continuidade da pesquisa que a academia, que a instituição de ensino promove”.

Palestra foi ministrada por Antônio Torquato, diretor do Parque Científico e Tecnológico de Toledo (Foto: Márcio Nei dos Santos)

A abertura oficial da Feira de Ideias reuniu a comunidade acadêmica e autoridades municipais em uma palestra proferida por Antônio Torquato, diretor do Parque Científico e Tecnológico, o Biopark, que é uma iniciativa da empresa Prati-Donaduzzi, referência em produção de medicamentos genéricos, da cidade de Toledo. Durante a apresentação, Torquato abordou o início da empresa de medicamentos e também dalou sobre a criação do primeiro Parque Científico e Tecnológico do Paraná. O projeto Biopark foi lançada no ano passado e propõe a instalação de espaços reservados para universidades, hospitais, incubadoras, indústrias e áreas residenciais em uma extensão de quatro milhões de metros quadrados “O Biopark é uma região, uma área e um projeto onde a gente deseja que as pessoas possam trabalhar, estudar, pesquisar e viver”, contou Torquato.
A escolha do tema de abertura da Feira de Ideias tem relação com um estudo, que está sendo amadurecido desde 2013, para que Guarapuava tenha o primeiro parque tecnológico da região centro-sul do Estado. “A ideia é que possamos realizar e trazer pra cá esse mesmo modelo e criar possibilidades de empregos para os nossos jovens, poder reter e manter aqui os talentos que nós temos e que se formam na Unicentro e nas faculdades daqui e trazer o desenvolvimento tecnológico e científico para o município”, contou Cláudia.
Para o prefeito de Guarapuava, César Silvestri Filho, que também participou da abertura do evento, essa discussão é de extrema importância para explorar a viabilidade de projetos inovadores a partir de experiências concretas, a exemplo do Biopark de Toledo. “Para se quebrar a inércia, para fazer as pessoas pensarem fora da caixinha um pouco, terem referências novas e conseguirem enxergar Guarapuava dentro desse contexto de inovação é importante que você, realmente, sensibilize as pessoas, faça com que elas tenham acesso a essas experiências e a essas informações”, ressaltou.

Prefeitura é uma das parceiras da Feira de Ideias (Foto: Márcio Nei dos Santos)

O vice-reitor da Unicentro, professor Osmar Ambrósio de Souza, também destacou a importância do evento e da palestra de abertura como uma oportunidade para discutir a possível criação de um parque tecnológico em nossa cidade. “A questão do parque tecnológico no desenvolvimento da inovação faz parte da atividade, é inerente à Universidade. Então, sempre que tivermos oportunidade temos que trabalhar para avançar nessa área de conhecimento e nas oportunidades de criação de novas ideias, é muito importante para a Instituição como um todo. Isso é fundamental para abrir horizontes e perspectivas para os nossos professores e para a Unicentro”.
Além das discussões quanto ao parque tecnológico, o palestrante Antônio Torquato também ressaltou a importância da Feira de Ideias Inovadoras como uma possibilidade de aproximação entre pesquisadores e empresas. “Esse tipo de intercâmbio é fundamental para nós e para os alunos. Até para poder abrir a cabeça, ‘Opa, olha, tem alguma coisa diferente aí. Eu preciso prestar atenção nisso’ ou ‘Eu quero fazer aquilo, eu quero participar daqui’”.
Os interessados em inscrever projetos na Feira de Ideias têm até o dia 10 de junho. As inscrições e outras informações sobre o evento estão disponíveis no site da Universidade.

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